Logo O POVO+
Sorvetes para acalentar paladar e coração
Vida & Arte

Sorvetes para acalentar paladar e coração

Depois do almoço ou no fim da tarde, sorvetes e gelatos são pedidas certas entre os fortalezenses. Vida&Arte listou os melhores estabelecimentos da Cidade
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
O SORVETE perfeito, segundo especialistas, precisa ter textura macia, não pode ter cristais de gelos e deve derreter vagarosamente na boca
 (Foto: JULIO CAESAR)
Foto: JULIO CAESAR O SORVETE perfeito, segundo especialistas, precisa ter textura macia, não pode ter cristais de gelos e deve derreter vagarosamente na boca

A história do sorvete depende de quem conta. Franceses e italianos têm suas próprias versões de como as delícias geladas surgiram no mundo. A narrativa mais aceita entre pesquisadores e mestres sorveteiros - e também a explicação mais bonita - é aquela que aponta os chineses como criadores do futuro produto. Unindo a neve abundante e as frutas, esse povo teria concebido a base para centenas de outras criações. "Não existe muita precisão nos dados sobre a origem exata no sorvete. Alguns historiadores falam que foi na China, outros falam que é uma invenção mais recente. Mas a tradição de misturar leite, frutas e neve congelada já remonta aos primórdios da humanidade", explica o chef de cozinha Matheus Vieira. Ele explica que o caminho provavelmente traçado pelas misturas geladas aconteceu pelas mãos do viajante Marco Polo - "que encontrou algumas variedades chinesas e acabou transportando para o território europeu".

Foi preciso que toda essa narrativa fosse feita para que você, leitor, possa tomar um sorvete após o almoço ou no fim da tarde. Em uma cidade de temperaturas altas como Fortaleza - dizem especialistas ouvidos por O POVO - é natural que os moradores busquem alternativas geladas para amenizar o calor. Isso explica, em parte, o sucesso de empreendimentos como a 50 sabores - que tem oito unidades na Capital - e a Sorveteria Juarez - que contabiliza mais de quatro décadas de história. São locais que se tornaram famosos por manter alto padrão de qualidade. "Quanto a critérios, podemos dizer que sorvete para estar perfeito precisa ter textura macia, não pode ter cristais de gelo, deve derreter com uma certa vagareza, não derreter tão rápido, geralmente as cores não devem ser tão intensas, pois indica o uso de corantes artificiais ou o uso de essências para fixar o sabor", diz Matheus, que também é instrutor de gastronomia no Senac.

Sorvetes e gelatos têm sutis diferenças no preparo, nas misturas e nos sabores. Mas, no paladar dos fortalezenses, eles acabam se confundindo. Matheus explica que os sorvetes têm injeção de ar e uso de gorduras vegetais, enquanto os gelatos são feitos com maior teor de gorduras animais e gemas de ovos. Por aqui, o desejo geral é por sabores adocicados - "denotando um paladar muito infantil do fortalezense e as sorveterias trabalham com percentuais mais altos de açúcar para agradar o público local", diz o especialista. O pensamento é compartilhado por Ilam Gurgel, gelateiro e responsável pelo laboratório da Iceland, que até mantém os sabores salgados (por mais incrível que pareça) no cardápio - mas sabe que a decisão dos consumidores sempre será o mais adocicado possível. "As pessoas provam, mas na hora de decidir sempre preferem os tradicionais", conta. 

A Iceland foi criada após alguns viagens feitas por Ilam para estudar quais sabores gelados faziam mais sucesso no mundo. Passou pela Grécia, onde há iogurtes, e pela Itália, onde essas iguarias imperam, na tentativa de encontrar os sabores mais diferenciados. O percurso o mostrou que Fortaleza é uma cidade ávida por novidades. Até sorvetes que brilham no escuro já foram incluídos no cardápio na tentativa de manter os consumidores sempre atentos. "O símbolo da Iceland é um esquimó, pois ele não tem nação e é como um cigano que vive no gelo. Quero ter sabores italianos, gregos... Até 2020 quero ter um sorvete árabe que derrete pouquíssimo. A ideia é ter experiências globais de sorvete", aponta Ilam. 

Um caminho parecido foi traçado por Patrícia Abreu, proprietária da Sonhos di Gelato. Depois de passar duas décadas no mercado formal, resolveu sair e buscar novos ares. No caso, escolheu os ares gélidos de uma sorveteria. "Nosso clima é quente e qualquer folga vamos ali tomar gelato e sorvete - no fim da tarde ou depois do almoço. E a família toda vai. Não é um programa para fazer sozinho", explica. A Sonhos investe em sabores únicos - como maracujá, limão com gengibre e capim santo -, mas ficou conhecida mesmo foi por usar algodão doce na estruturação. Eles garantem o sabor adocicado, tão amado pelos fortalezenses, e também a beleza na apresentação.

A criatividade dos fortalezenses para elaborar sorvetes é inegável e se renova todos os dias. Uma das novidades virá da Yozenn Gelato e Café, que em parceria com os Mercadinhos São Luiz vai colocar no mercado um sorvete de caju, com receita vegana, feita para agradar pessoas com alergias, restrições alimentares e intolerâncias. Na composição há leite de castanha, mel de caju e granulado de castanha. O novo sorvete estará disponível no Festival Costume Saudável, que acontece de 23 a 25 de agosto.

Onde experimentar essas delícias:

Sorveteria Juarez

Onde: Avenida Barão de Studart, 2023 - Aldeota

Horário: de segunda-feira a domingo, das 11h às 22 horas

Informações: 3244 3848

50 sabores

Onde: Avenida 13 de Maio, 805 Térreo - Bairro de Fátima

Horário: de segunda-feira a domingo, das 10h às 23 horas

Informações: 3023 4397

Iceland

Onde: Avenida Viena Weyne, 500 - Cambeba

Horário: de terça a quinta-feira, das 15h às 22h30min, sexta-feira, das 15h às 00h, e sábado e domingo, das 13h às 00h

Informações: 3013 1241

Sonhos di Gelato

Onde: Shopping Jardins Open Mall - Avenida Desembargador Moreira, 1011 - Aldeota

Horário: de segunda a quinta, das 14h às 22h30min, sexta e sábado, das 14h às 23 horas, e domingo, das 16h às 22 horas

Informações: @sonhosdigelato

 

O que você achou desse conteúdo?