Em Quando o Amor é de Graça!, Raymundo Netto reúne histórias de amor do período de uma década completa, todas publicadas entre 2007 e 2017, no O POVO. A obra será lançada hoje, 24, às 16 horas, no espaço Natércia Campos da Bienal. No lançamento haverá um bate-papo com o autor mediado por Ivig Freitas, repórter do Vida&Arte.
Nas 120 páginas da obra, o amor a que Raymundo se refere não é necessariamente romântico, "mas é sempre amor", ele diz. Fala do sentimento pelos pais, filhas, amigos, pessoas queridas que cruzaram seu caminho. "Sou leitor que gosto demais de crônicas, e vejo cronistas que escrevem sobre amigos, mesmo que não sejam conhecidos pelo público; parentes; escritores... Então me permiti falar sobre meu pai, minha mãe, meus amigos, minhas filhas em torno desse grande amor, que é o amor filial, ágape", sintetiza Raymundo.
Em 2017, o escritor, editor, quadrinista e produtor cultural publicou seu primeiro livro de crônicas, Crônicas Absurdas de Segunda, em que fala sobre Fortaleza através de outros cronistas cearenses. O lançamento, desta vez, vem em formato diferente da obra que o precede: não segue uma narrativa ou um projeto literário, são crônicas esparsas, com temáticas mais híbridas.
Os textos têm o intuito de provocar certa reflexão no leitor, mas são escritos de forma leve - por vezes, humorada -, com formatos curtos, sendo, assim, uma leitura apropriada para a rotina do dia a dia. "Um bom texto literário é aquele que o leitor acolhe, recebe, se identifica ou rejeita. É importante que ele provoque algum tipo de reflexão, que faça com que o leitor reconstrua aquilo, se coloque diante daquilo, dentro dele, num projeto de reflexão e crítica. E acho que esse livro pode causar isso", diz o autor.
A capa ilustrada pelo artista plástico Jabson Rodrigues traz, por coincidência, a imagem de La Femme Bateau, obra de Sérvulo Esmeraldo, artista homenageado nesta edição da Bienal. "Deixei Jabson livre para pensar a capa, e ele decidiu colocar um beijo. Também me perguntou um lugar afetivo da Cidade que me tocava mais em termos de sensibilidade, e respondi que lembrava muito da Ponte Metálica, aí ele colocou a obra do Sérvulo. Achei ótimo, porque está por toda parte da Bienal, e também na capa do meu livro", brinca.
Trecho da crônica "Ensaio Para Crônica", primeira do livro
“No Brasil, podemos afirmar que a crônica está para a literatura, assim como o samba está para a música. Afinal, quem não gosta de samba bom sujeito não é; quem não gosta de crônica também não”.
Lançamento
Quando: hoje, 24, às 16 horas
Onde: Espaço Natércia Campos (Centro de Eventos. Avenida Washington Soares, 999 - Edson Queiroz)
Acesso gratuito
Preço do livro: R$ 25 (para o lançamento)