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Com curadoria de Bitu Cassundé, exposição Linha de Costa entra em cartaz
Vida & Arte

Com curadoria de Bitu Cassundé, exposição Linha de Costa entra em cartaz

| INSTALAÇÃO | Descoletivo e Thadeu Dias abrem amanhã, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE), a exposição Linha de Costa. A mostra tem a curadoria de Bitu Cassundé
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Parceria entre Marília Oliveira e Régis Amora - que formam o Descoletivo - e Thadeu Dias, "Linha de Costa" compõe a programação de exposições do Dragão do Mar em dezembro (Foto: Régis Amora/ Divulgação)
Foto: Régis Amora/ Divulgação Parceria entre Marília Oliveira e Régis Amora - que formam o Descoletivo - e Thadeu Dias, "Linha de Costa" compõe a programação de exposições do Dragão do Mar em dezembro

O Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC) recebe, a partir de amanhã, a exposição Linha de Costa, realizada numa parceria de Thadeu Dias com o Descoletivo, dos fotógrafos Marília Oliveira e Régis Amora. A mostra, que prossegue com visitação gratuita até o dia 5 de novembro, lança um olhar sobre o que os artistas denominaram de "apagamento" das praias situadas no litoral cearense.

"A gente havia trabalhando com o Thadeu Dias no projeto Séries sobre o Sutil (2017), mas eu acho que o gatilho mesmo foi uma reportagem que falava que, em dez anos, algumas praias do Ceará iam desaparecer; a manchete já dizia isso. Então eu compartilhei com a Marília e a gente foi tentar entender que processo era esse, que praias do litoral do Estado estão em processo de apagamento, de desaparecer, porque que acontecia isso", explicou Régis.

Aprofundando mais a pesquisa, o trio constatou que "tudo tinha começado desde a época da construção do Porto do Mucuripe, na década de 1940 ainda, e que isso foi causando um efeito que até hoje a gente sente ainda". Da pesquisa, surgiu a atual exposição. "Linha de costa é o espaço entre o nível do mar e a faixa de areia. A gente optou por esse nome porque é um termo técnico e ele fala muito de alterações porque essa linha de costa vem gradualmente aumentando", afirmou Régis.

A exposição, para além de fotografias, reúne desenho, pintura, objetos e até artigos científicos. "A gente está encarando, eu acho que até a partir da curadoria do Bitu Cassundé, como uma grande instalação. Acho que o público pode esperar um trabalho que, além disso, tem uma costura muito sensível com relação às memórias dos artistas e às memórias de outras pessoas que vivem nesses lugares também", destacou Régis.

Para Thadeu Dias, "é inegável a importância de pensarmos essa fronteira entre a terra e o mar, esse corpo d'água enorme. A linha de costa é uma ferida, como qualquer fronteira, e é premente que possamos assumir um cuidado nessa relação, que possamos compreender de fato o quanto a ação humana, de ocupação desmedida, de modificação da paisagem, gera desdobramentos a médio e longo prazos, que isso nos afetará em retorno de muitos modos".

Linha de Costa irá desdobrar-se ainda numa espécie de galeria virtual. "A exposição, em si, não é interativa. Mas a ideia é construir um relicário de memórias com o público. Eles vão poder contribuir com as suas imagens pessoais e é interessante porque iremos agregar o olhar delas a essa narrativa", concluiu Régis. Até o final da exposição, ainda estão previstos uma oficina com os artistas e o lançamento de um livro.

Exposição "Linha de Costa"

Quando: abertura amanhã, 6, às 18 horas

Onde: Museu de Arte Contemporânea do Ceará - MAC / Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema)

Visitação: até 5 de novembro. De terça a sexta-feira, das 9h às 19 horas (acesso até às 18h30min); aos sábados, domingos e feriados, das 14h as 21 horas (acesso até às 20h30min)

ENTRADA FRANCA

Outras info: (85) 3488 8622 / 3488 8624 

 

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