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"Escrevemos sobre o que as pessoas entendem"
Vida & Arte

"Escrevemos sobre o que as pessoas entendem"

Atração do Rock in Rio 2019, a banda Goo Goo Dolls vem ao Brasil pela primeira vez. O Vida&Arte conversou com Robby Takac, baixista e um dos criadores do grupo, sobre a carreira e as expectativas para o show
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Foto: Divulgação "Miracle Pills" é novo álbum da banda, que chega ao Brasil em 2019. Da esquerda para a direita, John Rzeznik e Robby Takac

A década de 1990 foi marcada por misturas de ritmos e hits nas paradas musicais, em que Nirvana, Spice Girls, e Backstreet Boys dividiram espaço nas rádios internacionais em momentos simultâneos. Mas além desses nomes, os anos marcaram o nascimento - e crescimento - de diversas bandas de rock alternativo, inspiradas pelo indie rock e o heavy metal.

Esse é o cenário onde está inserida a banda Goo Goo Dolls, grupo formado pelos americanos Johnny Rzeznik (vocal e guitarra) e Robby Takac (baixo e vocal) em 1986, mas que teve destaque principalmente a partir de 1990. O grupo é conhecida principalmente pela música Iris, que compôs a trilha sonora do filme Cidade dos Anjos (1998) - romance açucarado com Nicolas Cage e Meg Ryan que eternizou a canção não só no mundo cinematográfico, mas nas rádios brasileiras e internacionais.

Os versos bem sucedidos deram fôlego para o álbum Dizzy up the Girl, que alcançou boa repercussão da mesma forma que a faixa original. Miracle Pill, 12º e mais novo álbum da banda, foi lançado em 2019 e marca a vinda do grupo para o Brasil.

O Vida&Arte conversou com um dos integrantes da banda, o baixista Robby Takac, que vem com o parceiro para quatro cidades brasileiras: Recife, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, onde se apresenta no Rock in Rio 2019, que acontece entre os dias 27 de setembro e 6 de outubro.

O POVO: Quando você começou a tocar?

Robby Takac: Eu sempre fiz música minha vida inteira. No colégio, eu era muito bom em futebol e basebol, mas eu também sabia usar uma guitarra muito bem. John [Rzeznik] e eu começamos a Goo Goo Dolls em 1986, quando tínhamos 19 anos.

OP: Quando você percebeu que a banda estava crescendo e se tornando sua carreira?

Robby: Quando estávamos na faculdade, vivíamos uma vida normal como universitários. Não acho que você pensa no futuro nessa situação, você só aproveita e pensa que em algum momento a 'vida real' vai começar. Mas estamos na banda até agora. Sempre tivemos 'trabalhos normais', mas entrávamos na van e íamos em tour sem dinheiro. Em certo momento, começamos a ganhar dinheiro, a viajar para tocar e a voltar para casa sem se preocupar em procurar emprego na volta.

OP: Qual música da banda é sua favorita?

Robby: Acho que Iris, porque é a que as pessoas escutam e reconhecem, é quando as pessoas cantam junto conosco. É uma das nossas grandes canções e fez muito sucesso. Mas na verdade, minha canção favorita da banda muda todo dia, temos muitas faixas. Gravamos 13 álbuns no total.

OP: Como é continuar tocando com John Rzeznik por tanto tempo?

Robby: Nós estivemos juntos na banda a nossa vida toda. Na verdade, temos mais tempo juntos do que separados (risos). Eu o conheço muito bem e ele também me conhece e nos importamos um com o outro. Tocamos juntos, sempre estamos procurando novos ângulos.

OP: Suas músicas falam muito do passado e de nostalgia. Qual a mensagem que você deseja passar por meio de suas canções?

Robby: Acho que eu e John escrevemos sobre o que as pessoas entendem, sobre o que vivem, experiências que passamos. Acho que as pessoas também entendem suas próprias versões da canção e essa é a parte mais importante, que as pessoas ouçam a música e decidam o que ela irá significar para elas.

OP: É sua primeira vez no Brasil? Qual o sentimento de estar vindo para o Rock in Rio?

Robby: É nossa primeira vez na América do Sul! Estamos muito animados para Rock in Rio, para encontrar os brasileiros. Não conheço muito, espero inclusive poder ler um pouco antes de ir. Sobre o Rock in Rio, é um evento grande e eu venho ouvindo sobre ele há muito tempo. É muito emocionante e animador. E vou inclusive celebrar meu aniversário no País, em setembro. Tenho que ver onde exatamente estarei, mas pretendo comemorá-lo.

 

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