Levada pelos irlandeses para os Estados Unidos, e cada vez mais ganhando adeptos em outros países, como o Brasil, por exemplo, o Dia das Bruxas (ou Halloween) é uma data que celebra os mortos de maneira leve e bem humorada.

Acredita-se que muitas das tradições do Halloween vieram dos festivais celtas chamados de Samhaim, responsáveis por anunciar a chegada do inverno que, para aquele povo, representa uma aproximação entre o mundo dos vivos e dos mortos.

Um dos mais famosos símbolos da celebração são as fantasias; no dia 31 de outubro adultos e crianças se fantasiam, os pequenos pedem doces nas portas da vizinhança em troca de não promoverem uma travessura e os adultos fazem festas ou organizam maratonas de filmes trash e de terror na casa dos amigos. Na origem acreditava-se que as fantasias e as máscaras enganavam os espíritos.

Tiramos então esse dia para fazer uma lista com sugestões de filmes e séries de terror, desde a mais leve até a mais pesada para passar uma boa noite de Halloween com pessoas queridas se assustando da melhor maneira possível.

Preparamos um "caveirômetro" para medir o nível de terror dos filmes e séries indicados. Depois não digam que não avisamos!

Despertar dos Mortos (1978)

Dirigido pelo pai dos filmes de zumbi, George A. Romero, Despertar dos Mortos é o segundo filme da série Living Dead, responsável por massificar os filmes de apocalipse zumbi. São seis filmes no total e cada um leva, além de terror e horror, forte crítica social.

George A. Romero coloca seus sobreviventes em um shopping e os pertences, que um dia serviram como objetos de luxúria da sociedade, agora são usados como armas. Romero mostra como os verdadeiros problemas daquele mundo são os humanos no extremo da sobrevivência e não os zumbis.

Até hoje, Despertar dos Mortos é cultuado por fãs e pela crítica. Em 2004 o cineasta Zack Snyder dirigiu um remake intitulado de Madrugada dos Mortos que também fez certo sucesso, principalmente por reimaginar a forma dos zumbis gerarem perigo.

Quando as Luzes se Apagam (2016)

Somos convidados a acompanhar uma menina que tem pavor do escuro, pois sempre que as luzes se apagavam ela se via perseguida por uma mulher. Anos depois seu irmão mais novo começa a sofrer do mesmo terror e juntos eles descobrem que a aparição está também ligada à mãe deles. Rebecca, a protagonista do filme, começa a investigar o caso até que chega perto de uma verdade aterrorizante.

Esse foi o filme que credenciou o diretor David Sandberg a dirigir Annabelle 2, um dos filmes pertencente à franquia Invocação do Mal. Depois ele mudou os ares e dirigiu Shazam!, baseado nos quadrinhos do personagem homônimo. O diretor demonstra repertório a cada novo projeto e é uma promessa do gênero terror.

 

Marianne

Stephen King é um dos nomes mais importantes do terror, principalmente na literatura. Perguntado recentemente qual série ele indica para ser assistida, o autor respondeu rapidamente: Marianne.

"É francesa e é muito, muito assustadora. Há algo lá de Stranger Things, um pouco dessa vibe, e um pouco da vibe de Steve King também", declarou ao Entertainment Weekly.

Se ele disse, a dica é quente. Marianne tem oito episódios e apenas uma temporada até agora. Conta a história de uma escritora perseguida por um demônio que, em seus livros, é um personagem. Ela decide parar de escrever e então a entidade intensifica a perseguição fazendo-a ter que repensar o futuro da sua carreira.

Marianne não sustenta perfeitamente o terror durante toda a temporada, mas o que tem proposta aterrorizante funciona bastante. De quebra a série faz uma boa metáfora sobre as amarras criativas que os artistas precisam ter para agradar seus fãs, não tendo tanto espaço para expandir seu repertório.

 

Invocação do Mal 2 (2016)

Invocação do Mal já pode ser considerado um jovem clássico tendo sido lançado em 2013, mas a continuação dele é a indicação escolhida, pois tanto pode ser assistido independente do primeiro filme, como também tem uma história até mais macabra.

O longa é baseado em fatos e segue o casal Ed e Lorraine Warren, famosos na vida real como sendo investigadores de fenômenos paranormais. Em Invocação do Mal 2 eles se deslocam para Londres a fim de ajudar uma família cuja casa está sendo possuída por entidades malignas. Ed e Lorraine acabam se envolvendo mais que o normal na situação e a própria relação de ambos é colocada a perigo.

O filme alterna momentos de terror intenso, com uma calmaria absurda quando, por exemplo, Ed resolve tocar Elvis Presley no violão para dar um pouco de paz para aquela família. Esse é o estilo de James Wan, um diretor que não tem pressa em mostrar os momentos de clímax conduzindo seus filmes com muita maestria. Ele é o pai da franquia Invocação do Mal, produzindo todos os filmes originados a partir deste (A Freira, Annabelle e A Maldição da Chorona).

 

A Maldição da Residência Hill (2018)

A série acompanha a vida de cinco irmãos crescidos em uma casa mal-assombrada, uma das mais famosas dos Estados Unidos, a mansão Hill. Muito tempo depois, agora adultos, os irmãos se vêem forçados a revisitar seu passado por conta de uma tragédia na família. A história se desenrolou por uma temporada e pontas soltas foram deixadas para uma segunda temporada já confirmada, que promete ir bem além na trajetória dessa casa assustadora.

Mark Flanagan é um nome muito promissor da atualidade quando o assunto é terror. Ele é o criador e diretor da série, dona de um terror calmo e introspectivo que combina com a tendência recente criada por filmes como A Bruxa e Hereditário, mas que consegue ir um pouco além e se conecta também com a forma essencial de fazer esse gênero. Ele dirigiu Hush, Ouija - Origem do Mal e Jogo Perigoso, mas foi com a primeira temporada de Residência Hill que conseguiu destaque ao ponto de ser escalado para dirigir Doutor Sono, sequência do clássico O Iluminado, de Stanley Kubrick, inspirado no livro de Stephen King.

Tá em dúvidas ainda? Assistir ao primeiro episódio resolve isso facilmente. Ele condensa bem todo o clima e o estilo proposto pela narrativa. Se gostar dele, facilmente a série será assistida.

 

Planeta Terror (2007)

A dupla Quentin Tarantino e Robert Rodriguez se juntou para fazer um mega projeto, chamado de Grindhouse. Foram dois filmes que, em algumas exibições, passaram juntos no cinema, como se fosse um filme só, fazendo uma homenagem às grindhouses, antigas sessões de cinema focada nos Filmes B e trash.

Depois o filme foi dividido em dois. O do Tarantino foi chamado de À Prova de Morte e Robert Rodriguez ficou com o Planeta Terror, um trash no mais alto estilo dessa palavra. De tão estranho o filme para no meio e volta como se tivéssemos perdido 20 minutos, fazendo lembrar quando as sessões de grindhouse perdiam um pedaço do filme, mas o exibiam mesmo assim.

Esse é para quem gosta de sangue, muito gore e comédia. Com certeza o mais indicado para assistir com um grande grupo de amigos.

 

A Órfã (2009)

O terror segue a história de um casal que, após adotar uma criança, vê tudo começar a ir de mal a pior na família. Esther, a menina escolhida, parece carregar um histórico macabro e o pior está guardado para o final do filme. O que pode piorar a situação é que a criança foi adotada, pois o terceiro filho da família nasceu morto.

Assim como em Invocação do Mal, Vera Farmiga também protagoniza este filme.

 

Stranger Things

">

Nem tudo precisa ser pesado ou 100% aterrorizante para que entremos no clima de Halloween, por isso a popular Stranger Things merece ser revisitada. Principalmente a segunda temporada que se passa justamente nessa época, representando muito bem o que é o Halloween para os americanos.

A história se passa quase um ano após os eventos da primeira temporada. Os meninos cresceram um pouco e a aventura continua na mesma tocada. Os romances começam a surgir, relações e amizades improváveis são formadas e o time se reúne novamente para salvar Will, que continua aterrorizado pelas ameaças do mundo invertido.

A temporada foi lançada pertinho do halloween de 2017 e logo no primeiro episódio podemos ver o time todo fantasiado para uma festa na escola. O clima de outono nos coloca no cenário de uma Hawkings monocromática e tão tensa quanto a da primeira temporada.-