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Exposição Pequenas Invenções Para Existir no Mar entra em cartaz
Vida & Arte

Exposição Pequenas Invenções Para Existir no Mar entra em cartaz

| COLETIVA | Pequenas Invenções Para Existir no Mar, dos alunos do Programa de Formação Básica de Artes Visuais e de Fotopoéticas, abre nesta terça-feira, 17, dentro da sétima edição da MOPI
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Instalação Vênus, de Iara Alves (no alto); Fotografia Memória Volátil, de Rômulo Silveira (no centro); Fotografia Devaneio, de Sidnei Maia (acima)
 (Foto: fotos Divulgação)
Foto: fotos Divulgação Instalação Vênus, de Iara Alves (no alto); Fotografia Memória Volátil, de Rômulo Silveira (no centro); Fotografia Devaneio, de Sidnei Maia (acima)

Um eixo, várias possibilidades para inventar e existir. Tendo como ponto de partida das formações em 2019 o tema Poéticas das Existências, os alunos do Programa de Formação Básica de Artes Visuais e de Fotopoéticas da Escola Porto Iracema das Artes, respectivamente coordenados por Carolina Vieira e Iana Soares, abrem hoje, 17, a partir das 19 horas, a coletiva Pequenas Invenções Para Existir no Mar. Reunindo trabalhos em desenho, fotografia, instalação, performance e escultura, a exposição integra a programação da 7ª Mostra de Artes do Porto Iracema (MOPI), e prossegue até 28 de fevereiro.

"São trabalhos que estão materializados nas mais diversas linguagens e vão construindo, no campo do sensível e a partir do corpo, narrativas que também podem ser compreendidas como maneiras de falar sobre si, sobre o outro e sobre o mundo. São obras que utilizam a vida, a existência, a poética e a potência dos corpos como uma espécie de bússola na criação e na pesquisa em arte", destaca Louise Félix, uma das artistas orientadoras do Programa de Fotopoéticas do Porto. A mostra é resultado ainda do Programa de Formação da Escola (Preamar).

Participam da coletiva 16 alunos: arth3mis, Beatriz Almeida, Camila Vas, Érica Nog, Fernanda Barbosa, Iara Alves, Jeca Pedregulho, Jessika Barbosa, João Paulo Duarte, Jocilone Junior, L., Leticia Belo, Rafaela Teixeira, Rômulo Silveira, Sidnei Maia e Vinicius Braga. Com a instalação Vênus, Iara Alves - egressa do Curso Básico de Artes Visuais - versa sobre as representações femininas e as subjetividades desse corpo dito como feminino.

"A escultura parte de um manequim, que foi deformado por meio do papel machê, sustentado por galhos semelhantes às raízes aéreas do manguezal. Esse corpo acopla uma babosa (aloe vera), que é uma planta curativa e com aspectos medicinais, cercada por jarros vazios de cerâmica vermelha", detalha a artista. No caso de Sidnei Maia, a fotografia foi o suporte de sua obra, que recebeu o nome de Devaneio.

"Meu corpo se relaciona com as possibilidades que a água me dá. O azul vem de um lugar no qual eu já me afoguei. Eu gosto de ver como minhas memórias protestam na pintura e no autorretrato. Coloco sobre mim o que pinto, espero perceber por qual caminho isso percorre. Registro quando os elementos se abraçam e o que é provocado após", afirma. Também utilizando-se da fotografia, Rômulo Silveira condensa algumas descobertas e experimentações relativas à sua produção no ensaio Memória Volátil.

"Apesar de vivermos em uma época em que a fotografia digital se mostra hegemônica e em que a produção de imagem ocorre com muita velocidade, busco olhar para a importância de conhecer e revisitar arquivos e para a edição desses como forma de proporcionar novas narrativas", afirma. "Memória Volátil não apenas traz a edição de um material fotográfico de registros cotidianos, como, de certa forma, ilustra a constante edição e ressignificação de nossas próprias memórias", complementa Rômulo.

Iana Soares celebra a diversidade e, sobretudo, a potência dos trabalhos apresentados nesta edição. "A maioria desses trabalhos está, de fato, focada em investigar o que é existir nesses tempos. E o que é existir de uma forma diversa, de uma forma criativa, resistente, revolucionária. São 16 jovens artistas que têm como foco maneiras, estratégias, invenções de existência".

Abertura da coletiva "Pequenas invenções para existir no mar"

Quando: hoje, 17, a partir das 18 horas, prosseguindo até o dia 28 de fevereiro de 2020 

Onde: Pátio da Escola Porto Iracema das Artes e Galeria Leonilson (rua Dragão do Mar, 160 - Praia de Iracema)

Acesso gratuito

 

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