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Confira 11 livros para você atualizar a leitura até o fim do ano
Vida & Arte

Confira 11 livros para você atualizar a leitura até o fim do ano

Você consegue lembrar o último livro que leu? Em que momento a prática deixou de ser parte da sua rotina? O Vida & Arte produziu uma lista para você voltar a se encantar com as histórias em um virar de páginas
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O hábito da leitura diminui com a idade, principalmente, por causa da falta de tempo. Enquanto 84% das crianças brasileiras entre 11 e 13 anos podem ser consideradas leitoras, o número diminui de forma contínua até 27% para quem tem mais de 70 anos. Esses dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2016, realizada pelo Instituto Pró-Livro, consideram uma pessoa leitora se ela tiver lido um livro ou partes em até três meses.

Se o pouco tempo é o que impede alguém de terminar uma leitura, o Vida & Arte convidou pessoas para indicar livros curtos para você aproveitar em cada mês do ano. Na fila do médico, na parada do ônibus ou na hora do almoço, eles são ideais para carregar na bolsa e serem lidos a qualquer momento disponível.

 

Capa de um Van Gogh no Galinheiro
Capa de um Van Gogh no Galinheiro

Um Van Gogh no Galinheiro - Maureen Marozeau

Quais são as histórias curiosas por trás das famosas obras de arte? Você sabe por onde passou a Mona Lisa? Van Gogh, Da Vinci e Vermeer são alguns dos artistas que Maureen Marozeau aborda em suas histórias inusitadas. "O livro é muito interessante porque fala dos percursos das obras de arte. Desde que ela foi concebida até os dias de hoje. Conta também fatos históricos e curiosos. Eu acho fantástico para quem quer ter esse conhecimento", recomenda Andréa Dall'Olio, arquiteta e artista plástica.

 

Capa de Ideias para Adiar o Fim do Mundo
Capa de Ideias para Adiar o Fim do Mundo

Ideias para Adiar o Fim do Mundo - Ailton Krenak

Para o ativista indígena Ailton Krenak, o humano não é um ser separado da natureza. Nesta obra, o autor retrata os problemas da modernização exacerbada ao mesmo tempo que discorre sobre o pensamento das comunidades indígenas, que buscam a memória ancestral. "O livro traz de forma poética nossa ancestralidade. Além disso, mostra como ter essa consciência pode nos fazer respirar em tempos de autoritarismo e intolerância", afirma Waldírio Castro, artista do corpo e pós-graduando em Semiótica na Universidade Estadual do Ceará (UECE).

 

Capa de O Pequeno Príncipe
Capa de O Pequeno Príncipe

Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

Considerado um dos clássicos da literatura infantil, mas indicado para todas as idades, conta a história de um piloto que encontra um menino de um planeta distante. Por meio de conversas, fazem reflexões sobre suas existências e suas razões de viver. "Eu li esse livro em três contextos diferentes. Na infância, na adolescência e na vida adulta. Percebi que ele usava muitas coisas que faziam com que a pessoa refletisse sobre o que era intrínseco. É um livro universal", recomenda o consultor de negócios Yuri Barreto.

 

Capa de O Peregrino
Capa de O Peregrino

O Peregrino - John Bunyan

Escrito durante o século XVII, o jovem Cristão busca acabar seus tormentos seguindo o rumo da Cidade Celestial. O caminho, indicado por Evangelista, perpassa cidades que se referem aos sentimentos humanos. "O Peregrino me marcou bastante. Ele fala sobre a nossa vida no sentido da caminhada cristã. Mas você também pode adaptar para sua vida, porque aborda os sentimentos como se fossem locais, como Vale do Desânimo e Vale da Humilhação", afirma Sâmia Ellen, pedagoga e articuladora da Rede de Leitura Jangada Literária.

 

Capa de Para Ler como um Escritor
Capa de Para Ler como um Escritor

Para Ler como um Escritor - Francine Prose

Para você ser um bom escritor, você precisa ser um bom leitor. Essa é a ideia que Francine Prose defende sobre o processo da escrita. Com uma leitura atenta, é possível identificar a estrutura das frases, as palavras que foram colocadas e os recursos de linguagem. Os escritores clássicos, como Tolstói, Jane Austen, Virginia Woolf e Philip Roth têm muito a ensinar para os iniciantes. "É um livro que faz a gente se apaixonar não apenas pela leitura, mas também pelo processo da escrita", diz Érik Égon, supervisor de criação e ilustrador.

 

Capa de @mor
Capa de @mor

@mor - Daniel Glattauer

Emmi Rothner envia um e-mail por engano para um desconhecido, Leo Leike. Depois que o homem decide responder a mensagem repentina, eles começam a conversar e ter sentimentos um pelo outro, mesmo nunca tendo se encontrado. A amizade virtual, aos poucos, se torna mais íntima e pessoal. Todo o tempo que passa cria uma maior tensão para um encontro físico. "São diálogos inteligentes e rápidos. A história é instigante. Você quer saber até onde vai essa relação", afirma Maria Dias, auxiliar financeiro.

 

Capa de Pequeno Manual Antirracista
Capa de Pequeno Manual Antirracista

Pequeno Manual Antirracista - Djamila Ribeiro

Em poucas lições, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro apresenta maneiras para entender o racismo estrutural da sociedade brasileira. "Independente da sua cor, gênero ou classe social, todos temos o dever de entender as repercussões da escravidão até os dias atuais. Mais do que isso, compreender qual o nosso papel para construir uma sociedade mais justa. É uma leitura fácil ainda que seja um tema complexo e cheio de nuances", recomenda Nicole Chaves, administradora.

 

Capa de A Terra Sonâmbula
Capa de A Terra Sonâmbula

Terra Sonâmbula - Mia Couto

O velho Tuahir e o menino Muidinga estão abrigados em um ônibus incendiado para fugir da guerra civil de Moçambique. No lugar, em meio aos corpos carbonizados, encontram o diário de Kindzu. Assim, a poesia em prosa revela duas histórias, uma sobre a realidade do conflito e outra que perpassa as lendas africanas e retrata o sonho, a esperança e a coragem. "Terra Sonâmbula, do querido moçambicano Mia Couto (que por um fio não esteve na nossa Bienal ano passado), é sensível e inspirador", garante a estagiária de jornalismo do V&A, Natália Coelho.

 

Capa de Devagar
Capa de Devagar

Devagar - Carl Honoré

A sociedade atual não considera que tem tempo. Por que essa cultura de uma vida eternamente apressada existe? Como parar? O livro de Carl Honoré conta a história de gente que está desacelerando a rotina para ser mais feliz. "A minha indicação super vale a leitura. Não é um livro novo, porque é de 2007, mas é atemporal - e nunca foi tão atual. Como o nome diz, é sobre uma corrente crescente de pessoas e movimentos voltados para uma desaceleração da vida e dos processos", explica Wanessa Lugoe, estagiária de jornalismo do V&A.

 

Capa de A Última Peça
Capa de A Última Peça

A Última Peça - Karina Heid

Depois de namorarem durante a juventude, João Pedro e Bia voltam a se encontrar em uma entrevista de emprego. Mas, um deles perdeu sua memória devido a um acidente. "A Karina tem uma escrita muito fluída, leve e dinâmica, mas ao mesmo tempo, não é simples e pobre. A escritora é psicóloga de formação, então ela mexe muito com nosso conhecimento, desperta sentimentos à medida que a gente vai lendo. É muito fácil você cair no clichê com o romance, mas as histórias dela são muito originais", afirma Denise Medeiros, anestesista.

 

Capa de Fique Comigo
Capa de Fique Comigo

Fique Comigo - Ayòbámi Adébáyò

Yejide e Akin são um casal monogâmico, costume atípico na Nigéria, onde os relacionamentos polígamos predominam. Em meio à década de 1980, durante os golpes militares do país, o livro aborda questões como o patriarcado, a maternidade e a poligamia. "Apesar de ser a primeira obra da escritora, a escrita é muito madura e entrelaça com delicadeza a vida privada e a esfera pública. Acredito que a Adébáyò se consolida como um importante nome da literatura africana contemporânea", recomenda Bruna Forte, repórter do V&A.

 

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