Como ressalta o produtor Ipiranga Neto, são os moradores de Palmácia os protagonistas de Como vivem os bravos. "Muita gente nunca tinha tido a oportunidade de saber como atuar em um filme, tantos nem sequer sabem como é a experiência de assistir um filme no cinema... Então foi uma troca de experiências muito importante", conta Neto, que é também coordenador Artístico Pedagógico da Escola de Artes Casulo, de Palmácia, cujos alunos participaram da produção do filme em diferentes aspectos.
A gravação em Palmácia incentivou a criação do Festival de Cinema de Palmácia, Palmacine, que tem objetivo de fomentar, difundir e premiar a produção audiovisual cearense e nacional de longas e curtas-metragens de ficção, animação e documentário. Na sua segunda edição, em dezembro de 2019, o festival recebeu mais de 400 inscrições.
No início de 2017, antes das primeiras cenas do filme começarem a ser gravadas, Karine Ogunté e Daniell Abrew, produtora e diretor do filme, respectivamente, se dedicaram a conhecer de perto os habitantes de Palmácia e seus potenciais artísticos, oferecendo formações e pequenos cursos para os atores. "Muitas crianças se envolveram no projeto, queriam participar. Foi muito legal porque Palmácia abraçou a ideia, as pessoas cederam suas casas para montarmos os sets, doavam alimentação, participavam direta e indiretamente de tudo", relata Karine.