A cultura cearense é tão plural que existe de diversas formas. Do Theatro José de Alencar à Casa Thomaz Pompeu, a arquitetura presente no Estado revela múltiplas histórias. Também por meio de nossos mestres, a tradição popular permanece ativa e em constante discussão. A partir dos equipamentos culturais mantidos pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) e pela Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), é possível estabelecer um espaço democrático de disseminação e incentivo aos talentos desta terra. Com o objetivo de registrar essas informações, o Anuário do Ceará, lançado na última segunda-feira, 21, dedica um capítulo apenas para o "Ceará da Cultura".
A publicação tem mais de 150 anos de história e, por isso, é considerada a mais antiga em circulação. "O capítulo cultura é não só um dos mais tradicionais do Anuário, como também é um dos mais prazerosos em produzir e ler… Temos conhecimento sobre os bens tombados, tanto da Capital como do Interior, assim como sobre os mestres, que são reconhecidos pelo Estado", indica Joelma Leal, editora-executiva do projeto.
Dados sobre bens materiais e imateriais estão expostos nas 15 páginas dedicadas ao segmento. Bens tombados, equipamentos culturais mantidos pelas secretarias estaduais e municipais e os maiores incentivadores privados de ações culturais são algumas das informações que podem ser encontradas na publicação. E ainda tem um bônus: todas as estruturas arquitetônicas citadas possuem não apenas a localização, mas também um breve histórico sobre o local. Assim, é possível obter conhecimento sobre mais de 60 espaços de relevância para o Estado. Entre os destaques, estão a Casa de Antônio Conselheiro, em Quixeramobim, Farol do Mucuripe, em Fortaleza, e a Casa do Capitão-Mor, em Aquiraz.
Além destes registros, os Mestres e Mestras da Cultura do Estado, selecionados por meio do edital "Tesouros Vivos", são apresentados. Estão incluídos grupos, associações ou comunidades e pessoas que têm fortes influências na disseminação das tradições cearenses. A iniciativa, que valoriza e incentiva as várias expressões culturais, é voltada para resguardar esse patrimônio imaterial. De 2004 a 2019, mais de 90 nomes foram escolhidos, como Espedito Seleiro, Dona Zilda, Maria Cândido, Cirilo, Associação dos Moradores da Prainha de Canto Verde e Reisado Nossa Senhora de Fátima.
"O Anuário do Ceará é uma das publicações mais aguardadas do nosso Estado, sobretudo pela qualidade das informações, pelo tratamento dos dados apresentados e porque, afinal de contas, trata-se de um grande apanhado da dinâmica social, econômica e cultural do Ceará", afirma Gilvan Paiva, secretário da Cultura de Fortaleza. De acordo com ele, as informações são uma importante fonte de pesquisa. "Muito mais do que um banco de dados, é instrumento que se moderniza e se mantém em permanente diálogo, a partir de análises criteriosas e críticas, com nossa desafiadora realidade", completa.
No total, o Anuário do Ceará conta com 13 capítulos divididos em 680 páginas. Com Jocélio Leal como editor-geral e Joelma Leal como editora executiva, a produção teve participação dos repórteres Alex Ferreira, Camila Gadelha e Cristina Brito, Evandilson Costa e Lucas Casemiro. O livro custa entre R$ 79 (para assinantes O POVO e R$ 99 venda avulsa em bancas, nas livrarias e na sede do O POVO.
Anuário do Ceará
Quanto: Venda avulsa: R$ 99. Assinantes: R$ 79 (na sede do O POVO ou solicitar por meio do telefone (85) 3254 1010
Onde: bancas, livrarias e na sede do O POVO (avenida Aguanambi, 282)