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Itamar Vieira Júnior vence Prêmio Oceanos
Vida & Arte

Itamar Vieira Júnior vence Prêmio Oceanos

É o terceiro grande prêmio literário conquistado pelo autor de "Torto Arado" em 2020
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Tipo Notícia
Itamar Vieira Junior é baiano e em 2020 viu sua obra Torto Arado ser agraciada em 3 grandes prêmio literários do País (Foto: divulgação/ editora Todavia)
Foto: divulgação/ editora Todavia Itamar Vieira Junior é baiano e em 2020 viu sua obra Torto Arado ser agraciada em 3 grandes prêmio literários do País

O romance "Torto Arado", de Itamar Vieira Júnior (editora Todavia), se consagrou na tarde da última sexta-feira, 18, como o grande vencedor do Prêmio Oceanos 2020. O livro já havia sido premiado no Jabuti e no Prêmio Leya de Literatura, em Portugal, onde foi publicado primeiro. "A Visão das Plantas", de Djaimilia Pereira de Almeida (editora Relógio D'Água), ficou em segundo lugar, e "Carta à Rainha Louca", de Maria Valéria Rezende (Alfaguara), acabou em terceiro.

O Oceanos encerra a temporada de premiações literárias do ano, e os vencedores foram anunciados em uma cerimônia virtual apresentada pelos curadores do Prêmio, Selma Caetano, Manuel da Costa Pinto e Adelaide Monteiro, de Cabo Verde. O Oceanos é realizado em três etapas de votação. Ao todo, foram 6.064 leituras realizadas pelos três júris, que se sucederam na seleção de semifinalistas, finalistas e vencedores. O livro vencedor recebe R$ 120 mil; o segundo colocado, R$ 80 mil, e o terceiro, R$ 50 mil.

"Torto Arado é uma história de amor à terra, por conta de meu trabalho como servidor, com camponeses, trabalhadores rurais, indígenas, ribeirinhos, comunidades tradicionais", explicou Vieira Júnior, em vídeo. "Pude ouvir inúmeras vezes sobre a relação que eles mantinham com a terra. (...) Foi assim que surgiram essas histórias narradas por duas irmãs. Aos poucos, elas vão se descobrindo herdeiras da diáspora, e suas vidas tão marcadas por desigualdades têm um passado em comum que vai sendo construído ao longo da narrativa, a partir do confronto dessas personagens com a História". O autor afirma que o livro fala do Brasil do passado, mas se conecta diretamente com o País no presente. "O Brasil ainda é marcado pelo passado colonial, pelo sistema escravagista". (Agência Estado)

 

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