A convergência entre ciência, arte, cultura e sociedade é evidenciada na net-art, arte digital, arte cibernética, instalação transmidiática e poesia digital, que ganham espaço no Homeostasis Lab. Desde o dia 20 de março, a plataforma abriu inscrições para que artistas do mundo todo inscrevam suas obras e integrem as exposições e o acervo do projeto.
As inscrições são feitas gratuitamente pelo site do Homeostasis Lab e estão abertas até o dia 20 de abril. Os trabalhos inscritos passarão por uma análise da equipe curatorial e os artistas receberão por e-mail uma notificação sobre a aprovação. A curadoria também irá selecionar três trabalhos como "obras revelação", que receberão um prêmio no valor de R$1.000,00 cada.
Os trabalhos podem pertencer a qualquer modalidade de net art e arte digital: arte cibernética, arte algorítmica, arte em código, arte generativa, net-art, glitch-art, machine learning, deep fake e outras formas de inteligência artificial, instalação transmidiática, escultura digital, animação 2D e 3D, game-art, hologramas, performance transmidiática, comunidades virtuais, cripto arte, aplicativos de arte, arte imersiva (AR, VR e MR), filtros, GIF animado, meme, boomerang, arte hacker, arte cibernética, pintura digital, fotografia digital, poesia digital, bio-arte, arte sonora, pixel art, software art e outras denominações análogas.
Criada em 2013, pelos curadores Julia Borges Araña e Guilherme Brandão, a Homeostasis Lab busca mapear, catalogar e exibir a arte digital na internet, além de ser um espaço para pesquisas, discussões e reflexões sobre o tema. A plataforma possui mais de 580 artistas de diversas nacionalidades e gerações, como Addie Wagenknecht, Alfredo Salazar-Caro, DC Spensley, Fred Forest, François Quévillon, Giselle Beiguelman, Martina Menegon, Owen Mundy, Robert Lisek, Sabato Visconti, Sandrine Deumier e Sara Araújo.
Com as obras dos artistas inscritos, o projeto entra numa nova fase a partir do dia 22 de abril, a Homeostasis Lab - Novo Tempo, uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com idealização e organização de Phi Projetos e UGI Projetos Culturais. Os criadores têm como objetivo dar ao público um espaço de reflexão, de difusão e fomento da produção da arte digital.
Guilherme comenta que a exposição permite aos internautas visitarem outros espaços além das redes sociais e Júlia acredita que o projeto pode possibilitar que outras pessoas enxerguem o valor da arte digital. "Nem tudo no digital é arte, mas tem pessoas usando as linguagens da internet para produzir arte, utilizando o meme, o filtro do instagram, o gif, e é isso que o projeto vai mostrar", diz ela.(Ana Flávia Motta)