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Entrevista com atriz Juliana Paiva
Vida & Arte

Entrevista com atriz Juliana Paiva

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Atriz Juliana Paiva em cena na novela Salve-se Quem Puder (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Atriz Juliana Paiva em cena na novela Salve-se Quem Puder

O POVO - Quais adaptações foram feitas nos bastidores para respeitar as normas de distanciamento?

Juliana Paiva - Sobre as adaptações feitas, estão o distanciamento entre os atores, o uso de máscara o tempo inteiro. A gente só tirava para gravar, de fato, mas ensaiava de máscara. A utilização do acrílico em cenas específicas, beijei acrílico pra manter o distanciamento e cada um tinha seu camarim.

OP - Como atriz, há diferença em trabalhar durante esse período?

Juliana - A gente teve que se reinventar na forma de trabalhar. Entender como funcionaria essa dinâmica de uma relação afetiva sem tanto contato físico, a gente está falando de um produto brasileiro. O Brasil tem essa questão do abraço, do beijo, a gente é mais caloroso. Esse afeto teve que ser aumentado um pouco a dose no olhar, no jeito de falar. Isso em momento nenhum a gente sentiu que caiu. Eu acho, inclusive, que a segunda parte da novela está muito mais interessante que a primeira. Tem muita cena de ação, as questões emocionais vão se desenvolvendo. Luna e Helena vão ter o tão esperado encontro verdadeiro, onde a Luna vai se revelar para a mãe. É uma cena que estou na expectativa de assistir porque foi muito emocionante para todo mundo que estava envolvido. Voltar ao trabalho fez muito bem para o psicológico. Nós, atores, precisamos colocar a arte em prática, precisamos estar em contato com a arte.

OP - Você acredita que há uma expectativa maior do público com os novos lançamentos?

Juliana - Com certeza existe uma expectativa muito grande do público. Aliás, desde a paralisação. A gente está falando aí de um ano atrás. A cena final da Dominique encontrando a Luna, com uma arma na cabeça. Eu terminei com bandido com uma arma na minha cabeça, todo mundo querendo saber o que ia acontecer. E eu de fato não sabia porque foi um gancho criado especialmente para separar a primeira da segunda fase por conta da paralisação da pandemia. Foi uma coisa que eu fui mudando, antes eu não sabia, de fato. Depois eu peguei o texto, mas não tinha gravado. E não podia contar para ninguém. Mas foi um processo diferente dos outros trabalhos, porque novela é uma obra aberta, é uma coisa viva. A gente vai gravando, vendo a resposta do público. E dessa vez a segunda parte foi gravada como um filme, como cinema, que a gente só vai assistir o resultado final com todo mundo. E quem não estava assistindo, pode aproveitar para assistir desde o início. Diferente de Amor de Mãe, estávamos no começo da nossa história. Então, colocar desde o começo para dar uma lembrada para quem estava assistindo e engatar até o final é muito legal.

 

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