É do enlace multicultural que nasce a música do projeto Orquestra Raiz — idealizado por Alex Tea, russo radicado nos Estados Unidos, e Klaus Sena, cearense de Russas radicado em São Paulo. Com mistura de sons e pluralidade de ritmos em roupagem contemporânea, o coletivo de músicos apresenta o EP “Íris” amanhã, 2, nas plataformas digitais. Contemplando o lançamento, o videoclipe de “Flor de Maio”, canção de divulgação do novo disco, está disponível no canal Indigo Azul no YouTube.
“Nenhum dos retratos consegue captar/ Aquele jeito do teu olhar/ Que me deixa sem palavras”, declama o Orquestra Raiz na canção “Flor de Maio”. Com participação especial da cantora paulistana Kika, a primeira faixa do EP “Íris” revela um “pop contemporâneo”. Assim define Klaus Sena — responsável, junto com Betão Aguiar, Gil Oliveira e João Leão, pelos arranjos. Composta por Alex Tea e Talita Cabral, a música mescla voz, bateria, guitarra, piano, trombone e outros instrumentos.
No videoclipe, dirigido pela artista cearense Patrícia Araújo, um tanto da poética musical do trabalho pode ser contemplado. Há corpos entrelaçados e dançantes, paisagens diversas e natureza na tela. Imagens de arquivo se fundem a novas cenas, mas ambas atravessadas pela luz de um prisma (elemento óptico que refracta a luz, apresentando do fenômeno as cores do arco-íris).
Tal componente do prisma também integra a capa do novo EP. Com quatro faixas, o trabalho realiza um percurso por multisons, fundindo baião, forró, samba, reggae, jazz e mais. O disco foi gravado entre 2019 e 2021, com encontros presenciais e virtuais, no Estúdio Índigo Azul, em São Paulo; no Studio Lafayette, em Nova Jersey, nos Estados Unidos; e no Estúdio Remanso, em São Luís do Paraitinga, no interior do Estado de São Paulo.
Além de “Flor de Maio”, integram o novo EP as também autorais “Rise” e “Distractions”. A quarta e última faixa, “Mistério”, é uma versão musical do poema “Administerio”, de Paulo Leminski. Ana Carol Azevedo assina a produção executiva e fonográfica de “Íris”, que conta com a distribuição da Tratore.
“Íris” segue explorando o intercâmbio cultural, a paixão pela música entre Alex e Klaus e a vontade de unir pessoas pela arte. O EP sucede “As Américas” (2015), primeiro álbum do coletivo, que teve a participação de 35 artistas. “É uma continuação e evolução do trabalho de 2015, uma fusão das sonoridades clássicas e atuais, tocada por músicos de diversos estilos e altos talentos, baseado nas composições que fiz entre 2016 e 2020”, conta Alex Tea.
O título Orquestra Raiz já antecipa essa troca de saberes. “Orquestra”, pois sempre há muitas pessoas envolvidas; “raiz”, por trabalharem as raízes da música brasileira com uma nova roupagem. Com o trabalho, o coletivo pretende reverberar “amor e luz para a humanidade nestes tempos tão difíceis” (devido à pandemia da Covid-19).
Para Alex Tea, o prisma — utilizado na capa do EP — representa justamente o simbolismo de transmutar e reconfigurar. O artista já tem o elemento, que considera simples e profundo, como norte artístico. De acordo com Klaus Sena, o convite é por uma viagem em que o amor seja o destino, em suas mais diversas compreensões. “O disco nasce da vontade de fazer algo bonito”, diz. O conceito do EP considera essa “poesia de transformar um material bruto em um arco-íris, visualizando as propriedades das cores em música”, comenta Klaus.
Repertório
1. Flor de Maio (part. Kika)
2. Rise
3. Distractions
4. Mistério
Videoclipe "Flor de Maio"
Onde: Índigo Azul no YouTube
Disco "Íris"
Quando: sexta-feira, 2
Onde: Spotify, Deezer, Apple Music e Tidal
Mais info: @_indigoazul
Acompanhe Orquestra Raiz
Instagram: @orquestraraiz
Facebook: /orquestraraiz