Logo O POVO+
Uma poesia que reflete vários mundos
Vida & Arte

Uma poesia que reflete vários mundos

|Literatura| Rupi Kaur lança coletânea "Meu corpo, minha casa"
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Fenômeno da poesia, 
Rupi Kaur lança novo livro (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Fenômeno da poesia, Rupi Kaur lança novo livro

Rupi Kaur diz que escreve para entender as complicações e as belezas da vida. A escritora, de 28 anos, é um fenômeno da poesia com 4 milhões de seguidores no Instagram e mais de oito milhões de livros vendidos e traduzidos para 20 idiomas. Para Rupi, que nasceu na Índia e vive no Canadá desde pequena, um poema é feito para criar - e para ser compartilhado, sentido, vivido.

A escritora teria vindo ao Brasil, onde já vendeu mais de 500 mil livros, se não fosse a pandemia. "Não vejo a hora de tudo isso acabar e eu poder visitar o país e me apresentar para meus leitores brasileiros. Eles são, de verdade, os mais doces, gentis e apaixonados. Fazem com que me sinta parte da família", afirma.

Revelada com "Outros jeitos de usar a boca", livro publicado de forma independente e depois por grandes editoras - aqui, ela é editada pela Planeta -, ela lança agora sua terceira coletânea: "Meu corpo, minha casa". No meio dos dois está "O que o sol faz com as flores". Todos com ilustrações dela. 

"Um poema é feito para criar. Para ser compartilhado. Para ser sentido. Para ser vivido. Digo com frequência que escrevo para uma versão mais jovem de mim mesma. Aquilo que a minha versão de 15 anos precisava escutar. Palavras que lhe dissessem 'oi, querida, sei que a coisa está difícil agora, mas vamos ficar bem'. Escrevo como uma maneira de compartilhar experiências e vida. Venho de uma comunidade sikh onde a poesia é quase parte da nossa natureza. Nascemos nela. Nossos nomes vêm da poesia", aponta a autora, que tem apelo com público de diferentes idades.

Na sua obra, Rupi toca em assuntos delicados como abusos, a experiência de ser estrangeiro, depressão e ansiedade, abordando também autoconhecimento, aceitação, corpo e mente. "São histórias reais. Minhas ou vindas de conversas que tive com as mulheres à minha volta. As mulheres que encontrei na minha vida. Amigas, irmãs, primas, tias. Isso ocorreu naturalmente. Os tópicos vieram a mim, e era meu dever escrever a respeito deles. Eram essas as questões que me emocionavam. Eu precisava trabalhar por meio da complexidade delas e fiz isso com a minha linguagem", reflete. A artista completa: "Por meio das ilustrações, eu tentei suavizar a experiência enquanto inseria o leitor na obra com mais profundidade".

Segundo a escritora, o mundo em pandemia tem revelado muito do que somos. "Acho que este ano de pandemia evidenciou as vastas desigualdades que existem no planeta. E o mundo fracassou esplendidamente em conseguir ajudar as pessoas mais vulneráveis. Enquanto países desenvolvidos estão vacinando prontamente suas populações, vemos uma crise descontrolada em lugares como Índia e Brasil". (Agência Estado) 

 

O que você achou desse conteúdo?