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Lázaro Ramos se firma como autor infantil
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Lázaro Ramos se firma como autor infantil

Ator e diretor aborda temas como autonomia e sucesso com os pequenos
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Lázaro Ramos lança dois livros infantis  (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Lázaro Ramos lança dois livros infantis

O ator Lázaro Ramos lançou dois livros infantis que ajudam as crianças, durante a pandemia, a lidar com a inquietude da reclusão ou até equilibrar o uso de tecnologia: "O Pulo do Coelho" e a nova edição de "Edith e a Velha Sentada".

O primeiro, da editora Carochinha, conta a história do menino Gusmão. Ele queria realizar vários sonhos e se considerava "querente", mas não via a hora de ser um "vivente". Um dia, o garoto sonhou que era um coelho em um circo, mas, na verdade, Gusmão queria mesmo era ser o mágico. Na narrativa sobre autonomia, liberdade, fracasso e resiliência, o personagem descobre os próprios talentos e a importância de criar um projeto de vida.

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Já a nova versão da primeira obra infantil do artista, originalmente publicada em 2010, apresenta ilustrações de Edson Ikê. A obra, publicada pela editora Pallas, apresenta a pequena Edith, uma criança desanimada, que não conseguia olhar nos olhos das pessoas e passava o tempo na frente do computador ou da televisão.

"Acredito que era muito adequado para esse ano, porque fala justamente do uso da tecnologia, em um momento que tanto as crianças quanto os adultos estão muito tempo na frente de telas", afirma o autor sobre o relançamento.

"Quando vou falar com meus filhos sobre o assunto, muitas vezes, tem de ser de uma forma dura: 'Saia do tablet'. Mas não conversamos sobre equilíbrio, porque não tem suporte de entretenimento para falar sobre isso. Então o livro é para ser um auxílio também", completou.

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Sobre a história do menino Gusmão, Lázaro conta que começou a escrever há cinco anos, porém não sabia como finalizar. Na pandemia, observando os filhos e falando com outros pais, ele percebeu que, assim como o personagem, as crianças se sentiam confinadas. "A autonomia das crianças virou um assunto e entendi para que servia o coelho que estava confinado. Vi que dava para fornecer uma alternativa para elas de como lidar com as frustrações, fracassos e liberdade", explicou.

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Para além da autonomia, o autor cita outras questões em comum entre o protagonista e as crianças que estão vivendo o isolamento: a inquietude, o desejo de viver e sair do confinamento. Nesse sentido, ele explica que a obra traz duas mensagens: "A primeira é que existem as crianças que não possuem acesso a bens materiais e direitos e, às vezes, nem sequer sabem que podem sonhar, quanto mais 'viventes'. Este é um tema que gosto de falar, porque vejo que muitas delas nem sabem que podem ter um objetivo ou um plano. Em todos os meus livros, falo sobre isso: 'você tem direito de sonhar'", conta. (Agência Estado)

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