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Anuário do Ceará 2021-2022 homenageia 60 anos do Mauc
Vida & Arte

Anuário do Ceará 2021-2022 homenageia 60 anos do Mauc

Ao todo, o livro, disponível em versão física e digital, apresenta 20 criações de 15 artistas. Publicação será lançada nesta segunda-feira, 27, às 18 horas
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Capa do Anuário do Ceará 2021-2022 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Capa do Anuário do Ceará 2021-2022

Todos os anos, o Anuário do Ceará - a publicação mais antiga em circulação no Estado - desenvolve um capítulo especial. Alguns temas abordaram a história do ferro e do aço; da propaganda cearense e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entre outros. Na edição de 2021, o espaço é destinado aos 60 anos do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc), rememorando desde os primeiros esboços do órgão até a construção do acervo atual com mais de 7 mil obras. A publicação será lançada na segunda-feira, 27, a partir das 18 horas, em formato virtual no portal e nas redes sociais do jornal O POVO.

"Ficamos muito felizes com essa efeméride porque a gente teve a oportunidade de trazer para o leitor do Anuário um patrimônio nosso. É um capítulo, escrito pela repórter Bruna Forte, que traz para as pessoas um acervo que é muito importante", destaca o jornalista Jocélio Leal, editor-geral da publicação. Além da seção específica para o equipamento cultural, todos os outros 13 capítulos são introduzidos por uma obra do museu. Ao todo, o livro, disponível em versão física e digital, apresenta 20 criações de 15 artistas. A capa, um ponto a ser evidenciado por Jocélio, é estampada por "Conselheiro pregando sertão adentro", da Coleção Descartes Gadelha. "Foi uma obra que a gente entendeu que traduzia de maneira muito forte esse momento que a gente vive", explica.

O projeto gráfico, chefiado por Andrea Araújo, mergulha nas exposições para trazer a harmonia entre as cores, tipografias, tabelas, gráficos e mapas. "Uma sintonia entre a arte e a informação", define a editora de arte. Além de Gadelha, estão presentes Antônio Bandeira, Nearco, Estricas, Barrica, Zé Pinto, Floriano Teixeira, Jean Pierre Chabloz, Raimundo Cela e Aldemir Martins. O critério para selecionar as produções foi, primeiramente, trazer aquelas que pudessem representar o Museu de Arte da UFC, explorando a variedade de opções. Também houve o cuidado de contatar os familiares dos artistas que já não estão mais vivos para solicitar a autorização do uso das imagens.

As ilustrações acrescentam beleza ao caráter informativo da publicação, que reúne os principais dados do Ceará. O livro também traz conteúdos exclusivos, como o ranking dos políticos mais influentes na Assembleia Legislativa do Ceará. "Nós trabalhamos muito com compilações, fontes confiáveis, trabalho de checagem", pontua Jocélio. Ele ressalta que, embora seja um produto anual, toda edição é diferente. "O livro, assim como o jornal impresso, é muito importante. O Anuário é um objeto de desejo para as pessoas, além de ser esteticamente belo, ele tem muito conteúdo".

"Escombros III" (1963), da Coleção Nearco
"Escombros III" (1963), da Coleção Nearco (Foto: Divulgação)

Nortear o lançamento, então, foi uma alegria para a museóloga Graciele Siqueira, diretora do Mauc desde 2018. "Poder estar presente nesse momento, em um Anuário que circula em ambiente digital e físico, que dá um panorama do Estado e da cidade, para nós do Museu é um orgulho muito grande estampar essa publicação e estar celebrando esse aniversário de 60 anos junto a esse instrumento de informação e conteúdo", declara.

Em uma história tão extensa quanto a da instituição, selecionar pontos chaves para a publicação foi um desafio. Graciele, entretanto, não podia deixar de fora alguns momentos que considera "vitais" para o funcionamento do órgão. O primeiro é o encontro do professor Antônio Martins Filho com o artista plástico Antônio Bandeira na Europa, quando "esse museu começa a ser imaginado, sonhado e trabalhado". Partindo para os anos iniciais, menciona as passagens de inúmeros artistas como Chico da Silva e a direção de Floriano Teixeira e Lívio Xavier: "essenciais para a definição do que seria o Mauc que conhecemos anos depois".

Na década de 60, ações de consolidação de programa de documentação museológica e de organização do acervo foram decisivas. Já por volta de 1980, a oficina de gravura e papel artesanal contou com a participação de nomes como Sebastião de Paula e Francisco de Almeida. Por fim, os anos 90 trouxeram a criação de um dos primeiros sites entre os museus públicos brasileiros e, às vésperas dos 60 anos, Graciele frisa a implantação de um núcleo educativo e de comunicação no Mauc.

Para Graciele, o Museu de Arte da UFC deveria ser “celebrado todos os dias". Manter o equipamento dentro da Universidade, em um momento no qual o território nacional passa por dificuldades no âmbito cultural, com inúmeras oficinas artísticas, exposições e palestras, é um motivo para "comemorar a existência". Estampar o Anuário, lembra a diretora, é uma forma de chegar em mais lugares e mais pessoas. "É a história de uma instituição que, apesar de todos os percalços, deu certo e continuará dando certo por muitos anos. Nós precisamos acreditar na história da museologia e dos museus brasileiros".

MAUC possui acervo com mais de 7 mil obras
MAUC possui acervo com mais de 7 mil obras (Foto: Thais Mesquita)

Lançamento do Anuário do Ceará 2021-2022

Quando: Segunda-feira, 27, a partir das 18 horas

Onde: No portal e nas redes sociais do O POVO

Para adquirir o Anuário

Onde comprar: Bancas, livrarias e sede do O POVO

Venda avulsa: R$ 99

Venda para assinantes: R$ 79

Mais informações: no site e @anuariodoceara no Instagram

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