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Série de Chucky aborda bullying contra os LGBTQIA+
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Série de Chucky aborda bullying contra os LGBTQIA+

Em nova série já disponível no streaming, boneco assassino clássico retoma clima de terror e mistério, incluindo também elementos como bullying e homofobia
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Foto: Steve Wilkie/SYFY "Chucky", a nova série inspirada na icônica franquia cinematográfica de mesmo nome, é realiza por Don Mancin

Bruxas, esqueletos, abóboras, doces e travessuras são algumas das características marcantes do Halloween. Mas há também um objeto que, apesar de ser destinado ao público infantil, tem se destacado no gênero de terror e hoje é um dos símbolos mais lembrados nas festas de "Dia das Bruxas": os bonecos.

Annabelle, Billy de "Jogos Mortais" e o Palhaço de "Poltergeist" são apenas alguns dos bonecos que fizeram sucesso nos cinemas. Mas no Halloween de 2021, o destaque vai para Chucky, o brinquedo assassino. Após adaptações cinematográficas nas últimas décadas, o personagem agora estreia na série "Chucky" do Star , que foi desenvolvida, escrita e produzida por Don Mancini, criador da saga do brinquedo assassino.

Também conhecido como o "Estrangulador de Lakeshore", Chucky surgiu em 1988, no filme "Child's Play". Por trás do boneco, está Charles Lee Ray, um assassino perseguido pela polícia, que fica à beira da morte e tem a alma transferida para o boneco ruivo, através de um encantamento vodu. Com seu novo corpo, ele continua aterrorizando a cidade, assassinando todos que se metem em seu caminho.

A série foi anunciada em 2019 e estreou na Syfy e na USA Network em 12 de outubro. Agora já está disponível para toda a América Latina por meio do serviço de streaming da Disney, o Star , destinado ao público adulto.

A nova versão se passa numa tranquila cidade estadunidense, onde o adolescente Jake Wheeler (Zachary Arthur) descobre um boneco antigo de Good Guy em uma venda de garagem. A partir disso, o que antes era uma vida agradável no subúrbio se torna um verdadeiro inferno, quando uma onda de assassinatos arrepiantes começam a revelar os segredos mais profundos e sombrios de todos.

Enquanto isso, alguns amigos e inimigos do passado de Chucky voltarão ao seu mundo e ameaçam expor a verdade por trás de sua origem misteriosa como um garoto aparentemente comum que se tornou o lendário boneco assassino. A primeira temporada conta com oito episódios, de uma hora cada. No elenco também estão Björgvin Arnarson (Devon), Alyvia Alyn Lind (Lexy), Teo Briones (Junior), Devon Sawas (Logan), Jennifer Tilly (Tiffany Valentine), Fiona Dourif (Nica/ Charles jovem) e Christine Elise McCarthy (Kyle).

Essa adaptação também terá foco na comunidade LGBTQIA , já que o protagonista é gay e o pai não aceita a orientação sexual do filho. Por conta disso, Chucky acaba ficando amigo do rapaz e passa a aterrorizar os colegas da escola que fazem bullying com Jake. "Apesar de Chucky ser um bully, e tentar se insinuar na vida desse garoto de formas sinistras, ele não é homofóbico, não é intolerante. Ele é um assassino igualmente oportunista", afirma o diretor.

Não é a primeira vez que a comunidade LGBTQIA é abordada na série. O primeiro personagem gay, David Plummens (Gordon Michael Woolvett), surgiu na franquia em "A noiva do Chucky" (1998). Já em "O Filho de Chucky" (2004), a criança, chamada de Glen ou Glenda, conta para os pais, Chucky e Tiffany, que se reconhece como os dois gêneros, menino e menina.

Em 2020, o criador Mancini falou sobre o assunto ao Syfy Wire. "Nós o conectamos a alegorias diferentes dependendo da era em que estamos. Ao longo dos anos, abraçamos essa identidade específica gay para a franquia. Acho que é resultado de estarmos atentos ao que está acontecendo na cultura e ao que vai despertar debates, e usar Chucky para chegar a essas conversas de uma forma divertida", declarou.

Chucky

Episódios já disponíveis
Onde: Star

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