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Flávio Venturini retoma agenda de shows suspensa pela pandemia
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Flávio Venturini retoma agenda de shows suspensa pela pandemia

O cantor, compositor e instrumentista Flávio Venturini quebrou o jejum de sete anos no final de 2020 ao lançar "Paisagens Sonoras"
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Flávio Venturin faz show no Ceará (Foto: divulgação)
Foto: divulgação Flávio Venturin faz show no Ceará

Depois de ficar cerca de sete anos sem gravar ou lançar músicas inéditas, o cantor, compositor e instrumentista Flávio Venturini enfim quebrou o jejum no final de 2020 ao lançar "Paisagens Sonoras", disco com 12 faixas inéditas. No entanto, o caminho a seguir não foi como o esperado: a pandemia se intensificou nos meses seguintes, casas de show continuaram fechadas e Venturini, assim, não pôde levar seus novos cantos pelo Brasil.

Agora, um ano depois do lançamento do disco, o mineiro começa enfim a fazer a jornada de tocar, experimentar e sentir essas músicas por aí. A ideia do novo show, segundo ele, é fazer uma mistura: cinco músicas do novo disco, algumas do trabalho instrumental e músicas importantes da carreira, como Espanhola, Clube da Esquina II e Todo Azul do Mar.

"Fiz algumas pequenas turnês para experimentar, com meia plateia, em agosto e setembro. Estou formatando um show novo. Ele está nascendo", conta ele, que acaba de completar 45 anos de carreira. Mas não vai ter comemoração para a data, já adianta. "Vou focar em Paisagens Sonoras para esse projeto não morrer na praia".

No novo disco, que começa a circular nas casas de shows, chamam a atenção canções como Viver a Vida, Uma Cidade, Um Lugar e Azul com Poeiras de Ouro. Elas possuem uma tonalidade diferente desses outros sucessos de Venturini, graças aos arranjos de nomes como Torcuato Mariano e Keco Brandão, mas ainda contam com a forte essência desse cantor que marcou gerações que entoaram suas músicas, do 14 Bis ao Clube da Esquina.

Venturini, porém, conta que parte disso vem de uma safra de outros tempos. "Esse projeto vem de uma coisa boa que eu tenho que é ter muitas composições inéditas, principalmente dos anos 1990 e 2000. Eu escrevi muito nessa época, quando morei no Rio", diz.

Falando em digitalização, Venturini parece ser o contrário do que acontece atualmente na indústria fonográfica como um todo: sua calma, afinal, contrasta com a correria, a pressa e a celeridade dos lançamentos em meios digitais. "Não dá para acompanhar tudo o que acontece. É muita coisa ao mesmo tempo. São milhares de músicas novas nas plataformas digitais. Cada um escolhe o seu caminho. Eu não faço música para fazer sucesso", conta.

Suas canções, 45 anos depois dos primeiros passos em Belo Horizonte, continuam olhando para as belezas ao redor - a vespa fabricando mel, a paisagem da janela, o azul do mar. Isso é algo possível nesse mundo agitado e conectado? "Eu gosto de acompanhar sonoridades novas, pra que lado a música tá indo, o que estão gravando. Eu modernizei minha música no sentido da tecnologia. Gosto de teclado, de internet, dos computadores, das redes. Mas eu sinto falta de tranquilidade para compor.A vida era mais tranquila, era também mais leve", afirma o cantor. (Agência Estado)

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