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"O São José nunca deixou de receber programações", defende Elpídio Nogueira
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"O São José nunca deixou de receber programações", defende Elpídio Nogueira

Titular da Secultfor, Elpídio Nogueira fala ao V&A sobre usos do equipamento
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Elpídio Nogueira, titular da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Elpídio Nogueira, titular da Secretaria da Cultura de Fortaleza

A partir da situação do Teatro São José, o Vida&Arte contactou a Secretaria da Cultura de Fortaleza com demandas sobre os usos do equipamento que foram respondidas, por escrito, pelo titular da pasta, Elpídio Nogueira. Confira a entrevista:

O POVO – Por que a ideia anunciada da "Quarta do Humor" não foi para frente? O que levou à mudança do projeto?
Elpídio Nogueira – A Secultfor compreendeu que deveria ampliar a faixa de programação para algo que seja mais abrangente e que inclua mais linguagens, demanda esta reivindicada por artistas e produtores. Entendemos que o palco do Teatro São José é um relevante espaço cultural da Cidade e que deve estar em diálogo com a diversidade produzida por nossos artistas. O Quarta Cultural se junta ao Giro Cultural, pacote de ações lançado pela Secretaria em diversos equipamentos municipais, como Mercado Cultural dos Pinhões, Passeio Público, Anfiteatro da Beira Mar e o próprio Teatro São José, como uma forma integrada de pensar a ocupação dos equipamentos culturais da Secretaria.

OP – A programação das próximas semanas já está definida?
Elpídio – As programações de maio estão sendo fechadas e, logo que possível, vamos divulgar. Para o dia 27, vamos adiantar as comemorações do Dia Internacional da Dança.

OP – Entre o anúncio da "Quarta do Humor" e o da "Quarta Cultural", se passaram cinco meses, sendo que de janeiro a março houve suspensão geral de atividades por conta da pandemia. No período entre um e outro, o São José acolheu programações pontuais, enquanto outros equipamentos da Cidade receberam (à exceção de janeiro a março) programações semanais normalmente. Por que estes outros espaços acolheram projetos de ocupação, mas o São José não?
Elpídio – O Teatro São José não deixou de receber programações. Semanalmente, a agenda de demandas espontâneas de população foi acolhida pelo Teatro, como lançamentos de livros, eventos de escolas, espetáculos. Estes eventos, contudo, não foram produzidos pela Secretaria, mas acolhidos e tiveram o espaço cedido pela Prefeitura. Além disto, ente janeiro e fevereiro, recebemos um trabalho minucioso de restauro das obras parietais, localizadas na boca de cena do Teatro.

OP – O Teatro São José foi reaberto em 2018, época em que se aventou a criação de uma Escola Municipal de Teatro. Em que situação se encontra esse projeto?
Elpídio – A Secultfor trabalha no projeto de implantação e viabilidade da Escola Municipal de Teatro.

OP – Desde a reabertura do Teatro, a classe artística, em especial a teatral, questiona os usos do equipamento, que estaria cumprindo funções burocráticas e pontuais ao invés de se ligar à dinâmica cultural de Fortaleza. De que forma a Secultfor responde a esses questionamentos e busca reforçar o São José como espaço de fruição na Cidade?
Elpídio – Trabalhamos para que o Teatro São José seja palco de todas as linguagens artísticas, em constante diálogo com as demandas da classe artística e do público. Reforçamos que todas as programações são gratuitas, de forma que façamos um trabalho de formação de plateia e trabalhemos o acesso à cultura como uma questão cara à democracia, uma necessidade social.

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