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Artistas cearenses expõem na Espanha em celebração ao Mês do Orgulho LGBTQIA
Vida & Arte

Artistas cearenses expõem na Espanha em celebração ao Mês do Orgulho LGBTQIA

Oito artistas terão obras apresentadas em evento internacional da mostra Imaginários Queer
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O artista cearense João Paulo Lima está entre os performers selecionados
 (Foto: Artur Luz/Divulgação)
Foto: Artur Luz/Divulgação O artista cearense João Paulo Lima está entre os performers selecionados

A mostra Imaginários Queer reúne sete trabalhos de artistas cearenses envolvidos em questões queer (dissidências de gênero, sexualidade, corporalidade) na edição 2022 da exposição presencial do Museari Queer Art. O evento acontecerá no dia 17 de junho, em celebração ao Mês do Orgulho LGBTQIA, no Museo de Bellas Artes de Xàtiva em Valência, Espanha.

O Museari Queer Art tem como intenção pensar a arte criada a partir de poéticas, corpos e vidas LGBTQIA. "A proposta do museu é pensar em outros processos de museologias e em outras histórias que podem e devem ser guardadas, criadas e imaginadas além da heterossexualidade e dos corpos cis", afirma Eduardo Bruno, curador da mostra juntamente com Waldirio Castro.

Entres os selecionados, João Paulo Lima é artista-performer-educador e escritor que apresenta um vídeo-performance sobre o corpo e seus desejos. Já Filipe Alves é artista visual que apresenta um estandarte em tecido sobre o Santo das Graças Não Atendidas (criado pelo artista) e orações que são distribuídas aos moradores de uma rua da cidade de Nova Olinda, no Ceará.

Rhamon Matarazzo é artista e historiador soropositivo e apresenta o vídeo-performance "Paz no Futuro e Glória no Passado" em que canta o hino do Brasil entre gargalhadas.

Já Cauê Henrique é fotógrafo, desenhista, colagista e artista visual que reside no Cariri. "Cyborgue" é o nome de seu trabalho de fotografias.

Aires é travesti licenciada em Teatro pela UFC, expõe, em tecidos costurados, fotos de sua infância que a ajudam a entender sua sexualidade e identidade de gênero. "Suturar fotos na tentativa imaginativa de costurar as feridas de uma infância", define a artista sobre seu trabalho.

Também participa das mostra o coletivo Terroristas Del Amor, formado em 2018 pelas artistas Dhiovana Barroso e Marissa Noana. O trabalho "Terraaterra" que elas apresentam é uma bandeira construída a partir de memórias e simbologias.

Por fim, participa Marília Oliveira, que é doutora em artes visuais e mestre em comunicação. A cearense apresenta o trabalho "Remissão", que são retratos de 153 situações de assédio que a artista passou no período de seis meses. (Raquel Aquino/Especial para O POVO)

 

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