Qual a quantidade necessária de amor e trovão para construir um filme? Esses dois elementos resumem perfeitamente o novo longa-metragem de Thor, que chega ao seu quarto longa solo trazendo romance, novas aventuras, batalhas épicas e claro, cenas cômicas. Repetindo a fórmula de sucesso da Marvel, uma mistura de ação e comédia, mas ao mesmo tempo mergulhando em dramas na narrativa, "Thor: Amor e Trovão" chega aos cinemas nesta quinta-feira, 7 de julho.
Após perder os pais, seu irmão Loki e até mesmo romper o relacionamento com a Dra. Jane Foster, Thor se envolve em uma série de aventuras pelo universo, ajudando diferentes povos em suas batalhas. Mas a vida de super-herói não é suficiente para preencher o vazio que sente após perder tantas pessoas que amava. A partir disso, Thor inicia uma busca pelo autoconhecimento. Até que um novo vilão ameaça sua existência.
Em um planeta que sofre com a escassez, há Gorr, um ser aparentemente comum daquela região, que como outros, luta contra a fome e sede. Ele deposita sua esperança no Deus que seu povo acredita, mesmo após perder tudo. À beira da morte, uma voz misteriosa o guia em meio ao deserto, até encontrar uma floresta com frutas e água. Lá, Gorr se surpreende ao ficar cara a cara com o Deus pelo qual é devoto.
No entanto, ele se frusta ao descobrir que a entidade divina pouco se importa com a existência dos seus devotos e não planeja fazer nada para salvar seu povo. Tomado pela ira, Gorr toma posse da Necro-espada, criada por Knull, o Deus das Trevas, sendo uma arma capaz de matar qualquer Deus, e promete vingança contra os seres divinos após as injustiças que sofreu ao longo da vida.
De planeta em planeta, ele assassina os Deuses, até que decide ir para Nova Asgard, em busca do Deus do Trovão. Ao chegar no local, Thor encontra seu povo travando uma batalha contra criaturas criadas por Gorr a partir das sombras. À medida que luta contra esses seres, ele se surpreende ao descobrir que há um novo super-herói na cidade. Ou melhor, uma super-heroína.
Jane Foster se transformou na Poderosa Thor e tomou posse do Mjolnir. Ao lado de Valquíria, ela defende o povo de Nova Asgard até que o Deus do Trovão se une às duas na batalha, ao mesmo tempo que precisa proteger a si mesmo quando Gorr está decidido a assassiná-lo.
Thor é o primeiro super-herói da Marvel a ganhar o 4º filme solo e se destaca a partir da visão de Taika Waititi, responsável pela direção desse longa e de "Thor: Ragnarok", que foi capaz de reinventar o personagem e o tornar mais atrativo aos fãs da Marvel.
Com mais liberdade criativa, Waititi se diverte exibindo muitas cores, piadas e efeitos especiais. Mas não se engane, quem assistir "Thor: Amor e Trovão" terá muitas risadas arrancadas, mas também irá se emocionar com o drama abordado no roteiro. Ao mesmo tempo que consegue ser leve, o filme também é profundo.
Não falta personagens com função de alívio cômico ou a nova versão engraçada de Thor que já havia sendo apresentado nos últimos filmes, mas também há debate sobre crenças religiosas, a importância do amor e relacionamentos e representatividade LGBTQIAP . Por exemplo, Valquíria, a primeira personagem da comunidade no MCU, ganha cena que deixa claro sua orientação sexual.
Além disso, "Thor: Amor e Trovão" conquista com sua trilha sonora dominada pelo rock, incluindo "Sweet Child O' Mine" e "Welcome To The Jungle" de Guns N' Roses. Outro vantagem do filme é sua narrativa mais centralizada no Deus do Trovão. Enquanto os últimos lançamentos uniam diferentes linhas do tempo e personagens do MCU, o novo filme traz uma história mais simples, ganhando foco em outros detalhes necessários para tornar a produção um deleite.
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"Thor: Amor e Trovão" é um filme para se divertir, livre de teorias bizarras, apesar de estimular projeções do futuro do MCU. O longa tira muitas risadas, mas também emociona o público ao mostrar personagens tão reais e sensíveis aos sentimentos realmente humanos.
Thor: Amor e Trovão
Estreia: quinta-feira, 7 de julho
Onde: disponível nos cinemas
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