Nerd em um momento e super-heroína no outro: essa é a rotina da jovem advogada Jennifer Walters, a Mulher-Hulk. Nos quadrinhos, ela já fez parte dos Vingadores, Defensores e do Quarteto Fantástico; e aguardava a sua vez de se destacar individualmente em meio às produções audiovisuais do MCU. Prima de Bruce Banner, ela ganha a sua própria série na Disney+, com o primeiro episódio já disponível nesta quinta-feira, 18.
A Mulher-Hulk foi criada por Stan Lee e John Buscema em 1980. A heroína possui os mesmos poderes que o Hulk, mas um senso de humor, sem sombra de dúvidas, superior. Jennifer ganha sua super força após um acidente em que precisa de uma transfusão de sangue para sobreviver; e seu primo é o único compatível. A atriz canadense Tatiana Maslany, conhecida por seu papel na série "Orphan Black", foi a escolhida para interpretar a espirituosa advogada.
A nova série mal estreou e já caiu nas graças da crítica. As primeiras reações pipocaram nas redes sociais ainda na madrugada dessa terça-feira, 16, e os elogios seguem um padrão: destacam, sobretudo, o frescor do enredo, que é envolto em uma atmosfera cômica e cotidiana. Pelo trailer da produção, ficou clara a intenção dos roteiristas em manter a predisposição da personagem em quebrar a famosa quarta parede, que a permite interagir com o telespectador.
A série faz parte de uma tendência em que cada vez mais "versões femininas" entram em contato com o público. O exemplo mais recente foi "A Thor" em Thor: Amor e Trovão, interpretada pela Dra. Jane Foster. Os quadrinhos, como sempre, pioneiros na introdução de personagens femininas originais, celebram o renascimento de heroínas como Ms. Marvel, Garota Esquilo e Coração de Ferro sem a sensualidade de antes, com personalidades e histórias dignas de longas solo.
"Mulher-Hulk: Defensora de Heróis" tem roteiro assinado por Jessica Gao. Em seu currículo, ela acumula sucessos como Rick and Morty, Star Wars: "Detours" e "Kung Fu Panda: Legends of Maravilha". Kat Coiro, cineasta com experiência em séries cômicas—a exemplos de "Brooklyn Nine-Nine"— assume como diretora e produtora executiva.
Juntaram-se ao elenco os atores Renée Elise Goldsberry e Tim Roth, o último famoso por interpretar o vilão Abominável no primeiro filme do Hulk em 2008. Além disso, a série deve contar com a participação velhos conhecidos dos marvetes, como o Demolidor e Wong, interpretados por Charlie Fox e Benedict Wong, respectivamente.
O que os fãs aguardam
Para fãs como Becky Cunha, podcaster e redatora do site Cosmonerd, esse novo tipo de produção mais "calma" é uma dádiva e tem justificativa aceitável. "Eu vejo muita gente reclamando das novas produções da Marvel, mas eu particularmente tenho adorado. Há uma certa diferença das anteriores porque eles estão reestruturando o Universo desde o ápice de Vingadores: Ultimato", ressalta.
Como era de se esperar, uma série de problemas que existiam antes do filme que botou um ponto final em uma era da Marvel foram extinguidos, dando lugar a um período de prosperidade moderada no MCU. Becky acredita que o apoio das séries, algo raro na era passada, foi uma escolha acertada para dar mais espaço ao protagonismo feminino.
Aos olhos dos fãs que leem os quadrinhos, a Mulher-Hulk é mais advogada do que qualquer outra coisa. Ela possui mais controle sobre seus poderes do que o primo e defende os super-heróis por meio da lei. "Ela cuida da comunidade de uma outra maneira. Talvez as pessoas estejam esperando algo mais Hulk, de quebrar tudo, mas eu estou mais ansiosa para saber quais escolhas ela vai fazer e qual tipo de heroína ela vai se tornar", afirma Becky.
Mulher-Hulk: Defensora de Heróis
Estreia: quinta-feira, 18 de agosto
Onde: Disney+
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