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Thiago Pantaleão estreia primeiro álbum, intitulado "Fim do Mundo"
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Thiago Pantaleão estreia primeiro álbum, intitulado "Fim do Mundo"

|Música| O cantor Thiago Pantaleão supera medos e pressões do passado através da música em seu primeiro álbum, intitulado "Fim do Mundo"
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Foto: Divulgação Thiago Pantaleão apresenta "Fim do Mundo", primeiro álbum da carreira

Natural de Paracambi, no Rio de Janeiro, Thiago Pantaleão é uma das novidades do mundo pop brasileiro. Seu primeiro álbum, intitulado "Fim do Mundo" chega num mix de pop rock e R&B, contemplando 9 faixas e parcerias com Day Limns, Lukinhas, Pablo Bispo e Ruxell. O nome do disco é uma proclamação de independência aos medos e inseguranças do passado. Thiago mostra que superou as crenças do que diziam ser o fim do mundo.

Foi ainda na infância que se apaixonou pela música ao se inspirar em sua mãe, sua "diva gospel", como ele mesmo chama, que cantava nos palcos da igreja que frequentavam. Aliás, foi esse mesmo espaço que rendeu o conflito entre religião e orientação sexual ao artista. Hoje, aos 25 anos, Thiago é membro da comunidade LGBTQIAPN e aborda a temática em suas canções, assim como pautas raciais.

Os últimos trabalhos do artista incluem o single "Te Deixo Crazy" (com participação da cantora transexual Danny Bond), "Bumbum Check" (em parceria com Ruxell), "Faz Assim", "Tipo Iza", "Disk", "Love Com Você",  "Qualquer Lugar" (feat. com Izrra) e "Grande Amor". Além de acumularem milhões de plays nas plataformas de áudio e vídeo, as faixas também chamaram atenção de artistas como Preta Gil, Pabllo Vittar, IZA, Gloria Groove e Liniker.

No novo álbum, além de passear pelos gêneros pop e rock, Thiago também manifesta sua paixão pela dança, sendo um usuário presente do TikTok. Mais que tudo, "Fim do Mundo" é uma manifestação da história e identidade do artista. Em entrevista ao Vida&Arte, ele entra em detalhes sobre a construção desse trabalho.

 

Thiago Pantaleão responde

Vida&Arte: Por que o título "Fim do Mundo"?

O "Fim do Mundo" vem muito da pressão que eu vivia na época. Meio que uma forma de não debochar, mas de mostrar que eu estou mais tranquilo com relação a isso, de eu ter vivido muito na pressão do medo do fim do mundo, da volta de Jesus, eu achar que a minha sexualidade me jogaria direto pro inferno (risos) e aí assumi o nome "Fim do Mundo" como uma forma de mostrar que isso não me atinge mais. Se for pro mundo acabar, eu prefiro ser verdadeiro comigo do que viver uma mentira.

V&A: Você diz que o disco é baseado em fatos reais e que explora alguns acontecimentos da sua vida. Quais são essas histórias?

Ah, muitas histórias têm que manter em sigilo (risos), mas é que tem alguns romances que eu vivi assim, meio proibidos, com pessoas que não se assumiram ainda. Algumas experiências que eu tive também… é sempre bom falar que a gente passou, né? Que se a gente já sofreu, a gente já foi corno, aí a pessoa também vê ali que eu também passo por isso, que todo mundo passa por isso, que se ainda não é, um dia vai ser, só ainda não sabe (risos). E também de coisas que eu vivi em Paracambi. Eu já passei por muita coisa lá, muita coisa boa também, minha criação toda de um agroboy do interior.

V&A: Como você escolheu as parcerias musicais que estão presentes no álbum?

As parcerias foram artistas que fizeram muita diferença na minha vida, me ajudaram a me construir. Pablo e Ruxell são pessoas que estiveram comigo desde o início, me ensinaram muito, e aí era uma forma de… como o álbum era muito sobre mim, muito sobre aquilo que eu gosto, é meio que um diário, eles não poderiam ficar de fora. A Day também é uma artista que eu amo. Ela vem muito com essa pegada rock, punk rock, pop rock, anos 2000, e é algo que eu consumia muito na época, e aí eu achei que são feats que representam muito pra mim.

V&A: A faixa "Desculpa Por Eu Não Te Amar" já foi compartilhada por alguns artistas famosos. Qual a sua reação ao ver seu trabalho sendo reconhecido?

A realização de um sonho. Ver todos os artistas que eu admiro, a maioria dos artistas que eu admiro muito, assim, curtindo o meu som, é uma doideira. O que eu sou hoje é graças a grande parte do pessoal que compartilha, que elogiou, então isso pra mim é muito bom.

Ouça o álbum "Fim do Mundo"

Link: slap.lnk.to/fim_do_mundo

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