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"Bem-vinda a Quixeramobim" estreia nos cinemas nesta quinta, 13
Vida & Arte

"Bem-vinda a Quixeramobim" estreia nos cinemas nesta quinta, 13

Dirigido por Halder Gomes, "Bem-vinda a Quixeramobim" tem Monique Alfradique, Max Petterson, Edmilson Filho, Chandelly Braz e Falcão no elenco
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Monique Alfradique como Aimée no longa
Foto: Divulgação Monique Alfradique como Aimée no longa "Bem Vinda a Quixeramobim"

Você provavelmente conhece algum nordestino que se mudou para o Sudeste em busca de melhores oportunidades. Pensando nisso, o diretor de cinema Halder Gomes indagou: e se o movimento contrário acontecesse, como seria um sudestino no Nordeste? Foi assim que surgiu o enredo de seu novo filme, intitulado "Bem-vinda a Quixeramobim".

Aimee, interpretada por Monique Alfradique, é uma influenciadora digital e herdeira de um empresário milionário. Até que seu pai é preso pela Polícia Federal e todos os bens da família são bloqueados pela Justiça. Desesperada pela falta de dinheiro, Aimee lembra que sua falecida mãe foi dona de uma casa em Quixeramobim, no interior do Ceará, antes de casar com seu pai. Ela decide ir até a cidade para vender o imóvel e voltar a ter a vida de luxo de antes.

O filme estreia nesta quinta-feira, 13 de outubro, tendo sido produzido em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Mas a equipe destaca que não houve um caso de infecção durante as gravações e o diretor celebra sua volta aos cinemas após os últimos anos de crise sanitária e isolamento social.

"A gente vem de um grande hiato por conta a pandemia. Muita coisa aconteceu, muita coisa se transformou, muita coisa mudou. O que não mudou é a alegria de ver um filme sendo lançado no cinema. E nem vai mudar. Por mais que surjam novas tecnologias, novas formas de você assistir conteúdo audiovisual, o cinema sempre é o cinema. São emoções que você só consegue alcançar se tiver nesse lugar", declarou Halder durante uma coletiva de imprensa do filme realizada no dia 4.

Por ter sido filmado na pandemia, o filme sofreu algumas limitações. Uma delas é que não foi possível ser gravado em Quixeramobim, como foi pensado inicialmente. As filmagens foram realizadas no distrito de Juatama, em Quixadá. Para Halder isso não foi um problema: "Nunca vi ninguém reclamar que 'Guerra nas Estrelas' foi filmado na Terra", brinca.

"Esse filme eu considero muito especial porque é a minha primeira comédia com pé mais no realismo e menos no realismo fantástico. A gente tá dentro de uma naturalidade, dentro de um universo plausível de acontecer", explica o diretor. O realismo que ele se refere é porque o filme retrata assuntos mais sérios e presentes no nosso cotidiano, como a corrupção.

Quando Aimee chega em Quixeramobim, ela descobre que a cidade sofre com falta de água e que já não existe mais um lindo rio que aparecia em uma fotografia antiga da casa de sua mãe. Quer dizer, ele até existe, mas a ganância de uma empresa mudou o caminho das águas para favorecer seus próprios negócios, deixando a população em escassez. A partir disso, a protagonista instiga os moradores da cidade a irem atrás dos seus direitos.

Experiências do elenco

Monique Alfradique, Edmilson Filho, Silvero Pereira, Falcão, Chandelly Braz, Haroldo Guimarães, Carri Costa, Luís Miranda, Araci Breckenfeld e Max Petterson são alguns dos artistas que integram o elenco de "Bem-vinda a Quixeramobim". Parte desses atores esteve presentes na coletiva de imprensa do filme, realizada no dia 4 de outubro em Fortaleza.

"Fazer esse filme foi um presente do Halder. A Aimee é uma personagem fantástica que consegue divertir e emocionar com a história dela", declarou Monique no evento. "Pra mim, como meu primeiro trabalho no audiovisual foi muito aprendizado, muita observação, conheci muita gente, aprendi com muita gente e o 'Bem-vinda a Quixeramobim' vai ficar guardado no meu coração", disse Max Petterson.

Chandelly Braz, que interpreta Shirleyanny, destacou a importância de obras regionais para a cultura e valorização dos nordestinos. "A gente faz arte pra vida melhorar e o Halder faz isso muito bem. Ele não só faz isso muito bem, numa questão geral, porque ele faz a gente rir, mas porque ele valoriza o que é nosso, faz a gente ter orgulho do nosso sotaque, ele faz a gente ter pertencimento, ele faz a gente ter muito orgulho da maneira como a gente se veste, da nossa sandália de couro, da maneira como a gente faz graça, do nosso grupo de amigos, da nossa família", pontua.

 

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