Destaque do reggae nacional, a banda Maneva, formada por Tales de Polli (vocal), Felipe Sousa (guitarra), Fernando Gato (baixo), Fabinho Araújo (bateria) e Diego Andrade (percussão), chega a Fortaleza neste final de semana para se apresentar na Arena Barong, a partir das 21 horas, no sábado, 5. O grupo traz a turnê "Mundo Novo" para a areia da Praia do Futuro e conta com a participação de nomes consagrados da cena como Two Folks, DJ André Guerreiro, DJ Tai e Singular.
"Por onde a gente vai a galera está cantando as músicas de 'Mundo Novo'. É uma coisa que deixa a gente muito feliz, porque quando idealizamos o álbum, pensamos justamente no que está acontecendo no País. A gente está vivendo uma fase que tem cada vez mais intolerância e ódio. Estamos perdendo um pouco do ambiente democrático. É um crime você falar o que pensa para alguém que discorde de você. Em 'Mundo Novo', trazemos isso da unidade e da comunhão. Se não nos unirmos como povo, a gente não vai conseguir ter um resultado legal para as futuras gerações", comenta Tales de Polli, vocalista da banda, em entrevista ao Vida&Arte.
Formada em 2005 na cidade de São Paulo, Maneva possui quatro álbuns de estúdio, três discos ao vivo, dois EPs e quatro DVDs. Um dos seus maiores sucessos é a música "Lágrimas de Alegria", parceria com Natiruts, que foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa, em 2021.
Tales de Polli explica que o nome do grupo traz referências ao dialeto africano e significa "prazer". Para além disso, o artista brincou com as pronúncias "Manéva" e "Manêva" afirmando que varia entre os estados e que, de qualquer forma, está "maneiro" para eles. Confira mais trechos da conversa:
O POVO: Sobre a história do grupo, todos vocês já eram amigos?
Tales: Não. Na real, a gente se conheceu por causa da banda. Somos todos de São Paulo. O Maneva trouxe grandes amigos pra gente, uma verdadeira família, é clichê, mas é verdade. Eu sou muito grato ao grupo por isso, acho que o destino coloca as pessoas próximas de nós no momento certo. A gente nunca foi muito de lamentar as coisas que deram errado, acreditamos que o que é pra ser vai ser. Foi uma grande marca unir pessoas tão diferentes, mas com um objetivo tão comum que era viver da arte e viver da música.
O POVO: Como você analisa o espaço e o reconhecimento do reggae no País?
Tales: Eu acho que o reggae é um estilo que agrada a todos. Você vê todo mundo fazendo reggae, mas pouquíssimos na mídia. A Ivete Sangalo faz reggae, Matheus e Kauan também. Aí quando os caras vão fazer uma homenagem a algum artista, por exemplo, músicas do Djavan em reggae, não colocam um artista do estilo na parada. Eu acho que o gênero sofre muito com isso, porque muita gente se apropria e a gente sabe como é difícil viver disso no Brasil. É um estilo paralelo, alternativo e as pessoas se apropriam disso sem dar o devido reconhecimento a quem está sustentando a parada e fazendo reggae há muito tempo. Isso me deixa um pouco chateado e bravo, mas é isso.. reggae é resistência e a gente vai continuar, chamando a gente ou não, vamos pra cima com tudo!
O POVO: Após o disco "Mundo Novo", a banda já se prepara para outro lançamento?
Tales: A gente está sempre trabalhando. Estamos em turnê do 'Mundo Novo', mas já pensando no próximo projeto. Estamos planejando um grande DVD para o ano que vem. Não posso dar mais detalhes ainda, mas vai ser uma parada muito forte.
O POVO: Quais as expectativas para o reencontro com Fortaleza?
Tales:Pode ter certeza que a gente vai chorar juntos, pular, dançar, se abraçar, vai se amar e vai ser especial demais! Tô muito ansioso pra tocar em Fortaleza. Grande honra passar por tantos lugares do Brasil.
Maneva em Fortaleza
Quando: sábado, 5, a partir das 21 horas
Onde: Arena Barong (Av. Clóvis Arrais Maia, 5700 - Cais do Porto)
Ingressos disponíveis na plataforma Sympla/ Valores variam de R$ 100 a R$ 360
Mais info: @vidal.producoes
OP+
Tales de Polli participa do V&A Convida e o vídeo da entrevista completa com o artista estará disponível a partir da sexta-feira, 4, no OP+
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