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Stylist de Mileide Mihaile, Luiz Plínio analisa tendências de 2023
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Stylist de Mileide Mihaile, Luiz Plínio analisa tendências de 2023

Natural de Sergipe, o stylist Luiz Plínio viu sua vida se transformar quando mudou para São Paulo e passou a trabalhar com moda. Em 2023, o empresário veste Mileide Mihaile no Carnaval e reposiciona a imagem de diversos artistas no âmbito nacional
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Luiz Plínio conta trajetória na moda  (Foto: Reprodução/Instagram )
Foto: Reprodução/Instagram Luiz Plínio conta trajetória na moda

Com o Carnaval batendo na porta, artistas ao redor do Brasil já preparam os looks para os desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro. Mas, quem está por trás desses figurinos? De onde surgem as ideias? É isso que o Vida&Arte apresenta a vocês com o stylist Luiz Plínio, que veste neste ano a influenciadora e empreendedora Mileide Mihaile.

“Eu tento entender o que a pessoa gosta, eu levo minha identidade mas dentro daquilo que ela vai se sentir bem. Não é legal fazer alguém se vestir com algo que não se identifique”, fala Plínio em entrevista exclusiva ao Vida&Arte sobre seu trabalho com diferentes artistas.

O profissional aproveitou para explicar que os figurinos do período carnavalesco já são bem encaminhados pelas próprias escolas de samba, e que ele, como stylist, faz um acompanhamento maior com os acessórios, maquiagem, e a imagem do artista.

Apaixonado pela moda desde pequeno, Luiz é natural de Pedrinhas, Sergipe, mas mudou para São Paulo com o intuito de alavancar a carreira. Ele conta que tudo começou com a admiração pela irmã de seu pai; Plínio a via como um ícone fashion e passava horas olhando sapatos, bolsas e roupas de seu guarda-roupa.

Já tendo trabalhado nos concursos de Miss Brasil e emplacado uma de suas modelos no Top5 de 2017, o stylist também já vestiu a miss e atriz Jakelyne Oliveira. Para além do mundo de competição, Plínio realizou trabalhos com artistas como Lexa, Maiara & Maraísa, Mari Fernandez, Paula Fernandes, Marthina Brandt, dentre outras.

Em 2021, o profissional lançou sua primeira marca, Jomar, em homenagem a sua mãe. Com referências ao Nordeste, Plínio expressa o desejo de investir mais nos negócios em 2023 e afirma que as suas raízes são o ponto forte de suas produções.

Confira trechos da entrevista com Luiz Plínio, que perpassou assuntos como tendências para 2023, desafios em criar uma marca, trabalho com artistas de diferentes personalidades, competição no mundo da moda e importância das redes sociais para este ramo.

O POVO: Quais foram as principais dificuldades envolvidas no processo da sua mudança para São Paulo e a consequente busca pelo reconhecimento?

Plínio: Olha…foi com a cara e a coragem. Quando eu cheguei aqui, percebi que o universo da moda é muito maior do que no Nordeste. Como eu trabalho com artistas, eu tenho que estar no mesmo patamar dos stylist delas, para que surja o interesse de conhecerem meu trabalho, etc… Mas não depende só disso, as marcas precisam abrir portas, as mídias também, os eventos precisam te abraçar. Você tem que ir na raça mostrando que também é bom e talentoso, principalmente porque muitos famosos já acabam sendo direcionados para stylists conhecidos. E eu sinto essa concorrência. Um veículo já publicou uma matéria minha e acabou misturando produções feitas por outros stylists, e logo começaram a falar. Eu jamais usaria do trabalho dos outros para meu benefício. O que é certo é que todos estão muito de olho, principalmente com as redes sociais. Elas são o nosso portfólio.

O POVO: Em 2021 você lançou a marca Jomar com referências nordestinas. Como continuar trazendo suas raízes nas produções?

Plínio: Eu sempre falei, quando comecei a produzir famosos, que tudo que eu pudesse trazer da minha cidade, do meu estado, eu ia trazer. A Jomar é um sonho meu, eu lancei lá em Sergipe e aqui em São Paulo. Dei uma parada na marca recentemente, porque quero trazer mais roupas além de biquínis. Tudo o que eu sou hoje é devido a minha criação e a tudo que eu vivi lá.

O POVO: Você trabalha com muitos artistas que têm uma ampla visibilidade. Quais os principais processos de entendimento que você tem antes de começar a produzir com cada um?

Plínio: Acho que é algo que todo profissional da área precisa identificar, o jeito da pessoa e como ela gosta de se vestir. Tem gente que fantasia uma pessoa de algo que ela não é. Eu sou acostumado a fazer reposicionamento de imagem, como foi com Maiara e Maraísa, com a Mileide também; ela é a que mais comentam. Enfim, não é legal fazer alguém se vestir com algo que não se identifique. A Jake é uma pessoa, a Maiara e a Maraisa são outras 2 pessoas. A gente precisa ter esse entendimento logo no início da profissão.

O POVO: Como uma pessoa que está imersa no mundo da moda, quais as principais tendências que você aposta para 2023?

Plínio: Acredito que algo mais clean. Na pandemia as maquiagens passaram por uma explosão de delineados, brilhos, colorido, e agora já tá indo para algo mais ‘limpo’. Eu sou mais clássico e quando a cliente é mais sexy eu consigo misturar bem mais os lados. Não gosto muito de estampa, nem de nada carregado. Com a Mileide, por exemplo, decidi junto dela trazer uma identidade mais limpa, mais chique sem muito brilho, algo colado que mostrasse o lado sensual dela. Tomo cuidado com a renda, acredito que ela seja um patrimônio nosso, mas que exige um cuidado no uso. Sou mais monocromático e vou seguir isso em 2023.

OP+

Confira a entrevista completa com Luiz Plínio na sessão Filmes e Séries do OP+

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