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Série 'O agente noturno' apresenta suspense policial ágil e intrigante
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Série 'O agente noturno' apresenta suspense policial ágil e intrigante

Nova série de suspense político da Netflix, "O Agente Noturno" apresenta enredo cheio de ação para revelar conspiração nos EUA
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Foto: Divulgação Série "O Agente Noturno", da Netflix apresenta trama de suspense político

Não é difícil explicar as razões para a série "O Agente Noturno", da Netflix, ter se tornado, em cerca de três semanas, uma das 10 mais vistas de todos os tempos na plataforma. São mais de 515 milhões de horas assistidas desde a estreia - em 23 de março - de acordo com o portal Deadline, referência em cobertura de entretenimento em Hollywood. Estamos diante de 10 capítulos de uma história de suspense político extremamente bem feita, ágil e simples de entender, sem cenários complexos irritantes, daqueles capazes de inviabilizar qualquer entretenimento.

Gabriel Basso interpreta Peter Sutherland, um jovem agente do FBI que conseguiu minimizar um atentado ao metrô de Washington, salvando dezenas de pessoas. Um ano após o incidente - mostrado logo na abertura do primeiro episódio, em cenas ótimas - nada de promoção ou reconhecimento, pelo contrário. Atormentado por insinuações de que ele próprio estaria envolvido no atentado - e pelo mistério das acusações de traição contra seu pai, um ex-integrante do FBI, já morto - Peter é colocado para trabalhar no porão da Casa Branca. O objetivo é atender a eventuais telefonemas de emergência nas madrugadas da capital norte-americana. Ocorre que o telefone nunca toca e suas noites, monótonas, passam a ser dedicadas aos arquivos e relatórios sem relevância.

Eis que, então, o telefone toca. Do outro lado da linha está a especialista em tecnologia Rose Larkin (interpretada pela atriz neozelandesa Luciane Buchanan), pedindo ajuda desesperadamente diante de uma situação limite envolvendo os tios. Foram eles, inclusive, que passaram o número do contato ultrassecreto para que ela pedisse ajuda. Peter atende e ali começa a revelação de uma conspiração com o objetivo de tomar o poder nos Estados Unidos.

Gabriel Basso e Luciane Buchanan têm química perfeita em cena, ainda que não engatem um romance logo nos primeiros episódios - sim, acontece no decorrer da série, mas de forma natural e pouco relevante para a história, ao menos da primeira temporada. Assim, ter protagonistas tão bem entrosados é uma das razões do sucesso de "O Agente Noturno", que também ganha com diversos coadjuvantes competentes e carismáticos, notadamente Ashley Redfield (Christopher Shyer), como vice-presidente dos Estados Unidos, a chefe da gabinete da presidente (Diane Farr, interpretada por Hong Chau) e a dupla de agentes do serviço secreto, Chelsea Arrington (Fola Evans-Akingbola) e Erik Monks (DB Woodside).

Merece destaque ainda mais especial o casal de assassinos que age a mando dos líderes da conspiração. Ellen e Dale são como robôs com sentimentos e enquanto sequestram e matam, arrumam tempo para discutir a relação e pensar em um futuro, sempre caricato, juntos.

Outro fator bem relevante na série está na direção dos episódios. Millicent Shelton ("The Walking Dead, Hunters") e Seth Gordon ("Identity Thief, For All Mankind") dão ritmo equilibrado ao enredo, tendo o cuidado de manter as muitas cenas de ação com paradas estratégicas em que os diálogos, as histórias e motivações dos personagens ganham importância, sem passar perto de algo enfadonho. Assim, todos os fatores para uma agradável maratona estão presentes.

"O Agente Noturno" tem como base um livro de Matthew Quirk e quem viu potencial para que virasse uma série de TV foi o criador e roteirista Shawn Ryan, que apresentou o projeto para todos os streamings possíveis até ter a aprovação da Netflix para uma temporada completa. Com o estrondoso e rápido sucesso, a segunda temporada já foi confirmada - ainda sem data - e será uma história independente da apresentada agora, mas mantendo Peter como protagonista, com todo mérito.

O Agente Noturno

Série já disponível no catálogo da Netflix 

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