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Saudades tropicalistas
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Saudades tropicalistas

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O último show de Gal Costa em Fortaleza foi em 2021, no Festival Elos, quando apresentou o espetáculo 'As varias pontas de uma estrela' (Foto: Henrique Kardozo)
Foto: Henrique Kardozo O último show de Gal Costa em Fortaleza foi em 2021, no Festival Elos, quando apresentou o espetáculo 'As varias pontas de uma estrela'

Antes de ir pra estrada com o show do disco "Errante", Adriana Calcanhotto vai prestar homenagem a uma de suas referências musicais. O show "Coisas sagradas permanecem" vai reunir canções do repertório de Gal Costa, artista falecida em 9 de novembro de 2022.

Com direção de Marcus Preto (produtor dos últimos discos de Gal), o tributo conta com a mesma banda que tocou com a baiana em sua última turnê, "As várias pontas de uma estrela" (Limma, teclados; Fabio Sá, baixo; Vitor Cabral, bateria e percussões), reforçada pelo guitarrista Pedro Sá (que tocou na turnê anterior, "A pele do futuro"). Com cenário de Omar Salomão (filho do poeta e agitador Wally Salomão), o show estreia no Salão de Atos, em Porto Alegre (27/04) e segue para o Rio de Janeiro (29/04), Curitiba (05/05), Belo Horizonte (07/05), São Paulo (11/05), Santos (12/05) e Salvador (14/05).

"Fiquei super honrada. Não esperava e tive que abrir espaço pra fazer essa turnê. Estou ainda montando o show, por que é uma trajetória muito longa, tudo com muita qualidade", comenta Calcanhotto, já certa do desafio que tem. "Hoje estou um pouco mais calma por que está claro que não tem como dar conta de tudo. Ela é múltipla, e muito ousada. Eu mesma vou ficar frustrada, por que não vai caber tudo. Mas essa dificuldade é interessante".

O repertório ainda está sendo finalizado, mas algumas premissas já foram definidas. Uma delas é mostrar o máximo possível de compositores. Dois que já têm lugar garantido é Lupicínio Rodrigues e a própria Calcanhotto - autora de "Esquadros" e "Livre do amor", gravadas Gal Costa, respectivamente, nos discos "Aquele Frevo Axé" (1998) e "A pele do futuro" (2018).

"Ela é uma saudade ainda latente e eu sou discípula. Essa é uma obra que eu acompanhei como contemporânea", define Adriana Calcanhotto que aproveita a chance de homenagear outra saudade sua: o compositor Erasmo Carlos, falecido duas semanas depois de Gal. "Foi muito difícil, muito triste. Continua sendo duro de assimilar, eu penso muito nele. Era um amigo querido. Ele era muito delicado, muito sensível, muito cuidadoso. A gente administrava nossa amizade, cultivava, e ele faz muita falta", lembra ela que prestará dupla homenagem cantando "Meu nome é Gal", composição de Erasmo e Roberto Carlos. "Toda vez que eu ensaio, que eu penso nessa canção, que eu leio no roteiro, eu lembro dele".

Passada a turnê "Coisas sagradas permanecem", Calcanhotto inicia a turnê "Errante" pela Europa. No dia 24 de maio, ela toca no Convento São Francisco, em Coimbra. Depois segue para Lisboa (26/05), Estarreja (27/05), Ponta Delgada (29/05), Porto (31/05), Ourém (02/06), Vila real (03/06), Setúbal (05/06) e Faro (23/06).

 

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