Logo O POVO+
The Idol: The Weeknd estreia série sobre a vida das celebridades
Vida & Arte

The Idol: The Weeknd estreia série sobre a vida das celebridades

Criada por The Weeknd, obra da HBO mergulha na vida problemática das estrelas
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
The Weeknd estreia série sobre vida das celebridades (Foto: Reprodução Instagram)
Foto: Reprodução Instagram The Weeknd estreia série sobre vida das celebridades

A aguardada "The Idol", nova série da HBO, chegou no domingo, 5, para jogar no chão as expectativas de uma sucessora de qualidade para "Succession". Após causar em Cannes e movimentar a crítica especializada, a exibição do primeiro episódio na TV salva apenas pelo desejo de um spin off.

A minissérie de quatro capítulos é a aposta do canal para marcar a estreia do rebranding da plataforma de streaming Max nos EUA, e aponta a inauguração de um temido padrão para os fãs. Ao separar na internet a forte marca "HBO", sinônimo de excelência, do serviço "Max", estaria a rede aberta a conteúdos de menor quilate? Parece que sim.

A história da estrela da música Jocelyn (Lily-Rose Depp) é o pilar da trama - ou talvez sejam os mamilos dela, praticamente mais visíveis que os olhos da atriz na maior parte do tempo. No trajeto para reconquistar o título de maior e mais sexy pop star dos EUA, ela se envolve com Tedros (Abel "The Weeknd" Tesfaye). Isso a leva a um relacionamento turbulento e multissexual em meio ao submundo da música e das boates.

"The Idol" quer satirizar a indústria pop, abusando dos clichês, mas faz isso pela via do drama. E não convence. Se sendo um programa de TV buscava entreter, o capítulo de estreia é tão tedioso quanto o mundo das celebridades em si.

O estereótipo da pop star em crise existencial, que perde a linha na balada e tenta se restabelecer na carreira após um colapso no passado é tratado com displicência e trivialidade. Não é poupada sequer uma menção direta a Britney Spears, o que culmina na declaração de alguém da equipe de Jocelyn de que "doença mental é sexy".

A jovem é toda blasé, como se forçasse desinteresse, ou tivesse receio de se abrir e ser julgada por isso. Essa dualidade é ponto positivo para Lily-Rose.

Tedros age como um coach barato. O que, na realidade, não está longe do que a personagem é. Dono de uma boate e líder de uma seita de tempos modernos, ele encontra a oportunidade perfeita de, aparentemente, manipular a jovem insegura, rica, talentosa e muito bonita.

A interpretação dele por Abel Tesfaye contrasta com a dedicação de Lily-Rose. Enquanto a herdeira de Johnny Depp faz o melhor que pode com o roteiro fraco, o texto artificial e a desnecessária própria superexposição. (Agência Estado)

Leia no O POVO + | Confira mais histórias e opiniões sobre música na coluna Discografia, com Marcos Sampaio

Podcast Vida&Arte

O podcast Vida&Arte é destinado a falar sobre temas de cultura. O conteúdo está disponível nas plataformas Spotify, Deezer, iTunes, Google Podcasts e Spreaker. Confira o podcast clicando aqui

The Idol

Primeiro episódio disponível na HBO Max

O que você achou desse conteúdo?