Realizado no sábado, 19, e no domingo, 20, a segunda edição do Festival Zepelim cumpre o objetivo de reunir as diversas demonstrações de arte ao som de grandes nomes da música nacional. Na primeira noite do evento, a festa contou com a presença marcante do cearense Mateus Fazeno Rock, que apresentou seu show "Jesus ñ Voltará" e foi ovacionado pelo público que chegou no Marina Park ainda com o pôr do sol.
O primeiro dia seguiu com emoção e diversão com as apresentações de Baiana System, Academia da Berlinda, Nação Zumbi, Luedji Luna, Selvagens à Procura de Lei, Tash&Tracie e outros artistas.
Entre os artistas que se apresentaram pela primeira vez no evento, Rachel Reis se emocionou e emocionou o público. "Eu estava um pouco nervosa porque era minha primeira e tem muito artista grande aqui! E a gente fica com aquela responsabilidade, né? Mas deu tudo certo!".
Donas dos sucessos "Maresia", "Bateu" e outros hits, a cantora baiana Rachel Reis foi o principal nome que levou Abimaelson Santos, de 36 anos de idade, a acompanhar o evento pelo segundo ano consecutivo. "Eu acabei de chegar e vim para ver a Rachel!".
Natural do Maranhão, o professor aproveita para comentar sobre as adversidades com a organização do evento: "Para mim, não entrar com comida em um festival que é muito longo é um grande problema. A maioria dos grandes festivais de música no Brasil já deixam entrar com alimentos em embalagem fechada. É uma questão que acho que deveria ser revista para as próximas edições, mas fora isso está tudo indo muito bem".
O contratempo relatado por Abimaelson faz menção à lista de restrições divulgadas na data anterior ao primeiro dia de shows. Entre os itens proibidos, alimentos e bebidas estavam listados. Apesar dos contratempos revelados nas semanas que antecederam o início da edição de 2023, ambos os dias de Festival contaram com ingressos esgotados e público que marcou presença desde o pôr do sol até a virada da madrugada.
Ainda mais diversificada, a segunda noite do Zepelim reuniu os gêneros do trap, pop, MPB e do piseiro. Considerado o principal nome do ritmo musical que mistura forró, pisadinha e até mesmo funk, João Gomes conquistou o público que o recebeu aos gritos e aplausos mesmo sob fina chuva. "É a minha primeira vez aqui então é um privilégio enorme. A gente sempre entrega o nosso coração e hoje em especial eu estou muito feliz", revelou o pernambucano que cantou, além de seus sucessos, músicas de artistas renomados e conhecidos pelo grande público para contemplar o público constituído de pessoas de variadas faixas etárias.
Aguardando o primeiro filho, que se chamará Jorge, com a influenciadora Ary Mirelle, João Gomes aproveitou para comentar sobre o futuro enquanto pai: "Ainda é tudo muito novo, a gente ainda vai descobrir o que é essa saudade [de estar com a família]. Mas vamos contar com Deus, porque a saudade de estar em casa vai ser muito maior do que já é".
Legado
Com um line-up diversificado, pessoas de variadas faixa etárias compareceram ao festival para presenciar a festa. Dando prosseguimento ao objetivo de homenagear nomes relevantes da música popular brasileira - que na 1ª edição contou com show de Alceu Valença -, a festa deste ano teve a presença de Gilberto Gil e Ney Matogrosso, no sábado e domingo, respectivamente.
"É a minha primeira vez no Zepelim e eu estou amando! Meu filho não pode vir e eu vim no lugar dele", comentou a professora Marli Mendes, de 58 anos.
Da mesma forma que Gil foi celebrado, o público do domingo não deixou de ovacionar Ney. O músico de 82 anos de idade recebeu, sob aplausos, gritos de "Ney, eu te amo", e recompensou o carinho ao cantar "Como Dois e Dois", música composta por Roberto Carlos. A canção foi recebida em silêncio, em um momento de contemplação da singularidade e elegância de Ney Matogrosso.
Descobertas e surpresas
O segundo dia do Zepelim trouxe na programação, nomes como Thiago Pantaleão, Lagum, Marina Sena, Criolo, Duda Beat e Xamã. O line-up incluiu ainda o rapper mineiro FBC, que divertiu o início da noite com um repertório formado pelas canções do álbum "O Amor, o Perdão e a Tecnologia Irão nos Levar para Outro Planeta", além de hits que viralizaram nas redes sociais, como "De Kenner" e "Se tá solteira".
A apresentação do músico contemplou até mesmo quem não conhecia as novas músicas: "O show do FBC foi bem massa, não tem como ficar parado, acho que ele tem uma presença de palco bem legal, né?", comentou uma jovem enquanto se apressava para assistir à Duda Beat.
Juntamente com seu balé, Duda subiu no palco Mar e fez uma apresentação em que todas as músicas foram cantadas aos gritos pelo público. Em um dos momentos do show, a artista convidou Mateus Carrilho, músico e ex-integrante da Banda Uó, para cantar "Chega". O dueto surpresa surpreendeu a todos que aproveitaram o festival com bastante energia.
Todo mundo tem uma história de medo para contar e o sobrenatural é parte da vida de cada um ou das famílias. Alguns convivem com o assombro das manifestações ou rezam para se libertar das experiências inesperadas. Saiba mais sobre “Memórias do Medo” clicando aqui