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60 anos dos Vingadores: equipe da Marvel segue marcando a cultura pop
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60 anos dos Vingadores: equipe da Marvel segue marcando a cultura pop

Uma das maiores equipes de super-heróis do mundo completa 60 anos de sua criação em 2023, conquistando fãs com sua presença em diferentes mídias
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Gavião Arqueiro, herói do Universo Marvel (Foto: Marvel Comics/Divulgação)
Foto: Marvel Comics/Divulgação Gavião Arqueiro, herói do Universo Marvel

"Os Vingadores. Os super-heróis mais poderosos da Terra". Era o que anunciava a primeira revista do grupo, lançada em setembro de 1963. Homem de Ferro, Thor, Hulk, Homem-Formiga e Vespa compuseram a primeira formação da equipe, que atualmente é uma das mais importantes da Marvel Comics.

Eles foram criados pelo estadunidense Jack Kirby (1917-1994) na chamada "Era de Prata" das histórias em quadrinhos de heróis, com influência direta de outra equipe de combatentes do crime e ameaças sombrias: a Liga da Justiça, da, atualmente, DC Comics.

Resumidamente, esta Era de heróis trouxe reformulações em personagens já conhecidos pelo público, trazendo a ficção científica para a cena. Neste "renascimento", a ideia dos supergrupos retornaram e assim nasceu a Liga da Justiça que reunia super-heróis da National Comics (DC).

Martin Goodman, o criador da Marvel, resolveu embarcar na ideia de sucesso e assim nasceram importantes nomes da editora: Homem-aranha, o grupo Quarteto Fantástico, os X-Men, Thor, Hulk, Homem de Ferro e vários outros criados pelas mãos de Kirby e de seu parceiro, o famoso Stan Lee (1922-2018).

Em 1963, surgem os Vingadores. Nos anos seguintes, o grupo receberia outros personagens como Capitão América, Gavião Arqueiro, Feiticeira Escarlate, Mercúrio, Visão, Viúva Negra e vários outros nomes famosos da editora, oferecendo diversas formações aos leitores.

Próximo ao aniversário de 50 anos de criação, mais especificamente em 2012, o grupo ganhou seu primeiro filme nos cinemas. Sucesso entre os público, o longa arrecadou mais de US$ 1 bilhão em bilheteria mundial e, além de elevar a importância da equipe para o Universo, trouxe uma nova horda de fãs para a marca.

O estudante de Jornalismo Paulo Roberto Maciel Cavalcante, de 19 anos, foi um deles. Aos seus 8 anos, conheceu o grupo em uma grande tela de cinema. "Eu lembro dessa sessão, estava lotada. Lembro de várias cenas, que para mim são memoráveis por causa da reação do público".

A partir desta experiência começou a consumir outras mídias que envolvessem os heróis, como animações e revistas em quadrinhos. Em suas leituras, lia arcos de histórias atuais, mas também resgatava os clássicos, das primeiras impressões. Foi assim que descobriu a formação que mais agradava: a original (1963) com acréscimo do Capitão América, Gavião Arqueiro, Feiticeira Escarlate e Mercúrio.

"Para mim é muito importante porque mostra como o Capitão América é uma figura central e de bom coração suficiente para pegar ex criminosos para trazer para a equipe. E conseguir a confiança do público, que estava descrente com os Vingadores", explica.

Corroborando com o raciocínio de Paulo, Luana Macedo Melo, 25 anos, se interessou pelo grupo graças ao herói de bom coração. A recepcionista também teve seu primeiro contato com eles a partir dos filmes, com o longa "Capitão América: O Primeiro Vingador", de 2011.

Um ano depois ela assistiu à equipe e se interessou em procurar as HQs. Seu consumo, porém, está mais focado no audiovisual. "Acaba sendo um pouco mais difícil o acesso para comprar as edições em ordem, até mesmo para achá-las", ela detalha e completa: "Nos filmes não. Eles saem no cinema, tem nos canais de streaming. São mais fáceis".

Ao todo, os Vingadores tiveram quatro filmes até agora. A chamada Saga do Infinito trouxe, desde do início, o vilão Thanos e o objetivo de eliminar metade da população universal. Luana considera que a conclusão desta jornada, 2019, é boa, mas que o da Viúva Negra e o do Capitão América deixaram a desejar.

Contrapondo, o também estudante de jornalismo João de Deus Rodrigues Braga, de 22 anos, define que conclusão "entregou o que prometeu". Deste filme, inclusive, ele destaca a batalha final. "O momento de ver todos ali, principalmente a cena do Capitão América com o Mjolnir e convocando todos foi incrível"

João já consumia os quadrinhos da equipe antes dos filmes e afirma que foi um "presente para os fãs" quando o primeiro longa saiu. "Serviu para atrair e rejuvenescer o público que gosta da franquia", sustenta.

Ele revela que está ansioso para os novos projetos do grupo que virão em 2026 e 2027: "Vingadores: Dinastia de Kang" e "Vingadores: Guerras Secretas". "[Estou] curioso para saber o que vai ser feito agora nessa união de cinema e streaming", conta.

Paulo também alega estar ansioso para os novos filmes. "Eles buscam outros conceitos que vieram nos quadrinhos na década de 1990 e 2000. Acho que Guerras Secretas foi o primeiro grande evento dos Vingadores nas HQs, veio antes da Guerra Civil", explica e finaliza: "Não acho que vai ser adaptado como na revista, mas espero que eles subvertam minhas expectativas e mostrem alguma coisa nova".

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