Além da comida e música, outra forma de se conectar com a Coreia do Sul é aprendendo o idioma nativo. Foi assim que começou para o cearense Yãnsley Sena, fluente em coreano e, atualmente, professor da língua no curso promovido pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas Orientais da Universidade Estadual do Ceará (Uece).
O interesse veio a partir de outro idioma asiático: o japonês. “ Comecei a aprender coreano em 2016. O interesse foi inicialmente linguístico, devido o coreano ser a língua estrangeira mais fácil para os japoneses aprenderem”, conta, acrescentando que iniciou o básico após adquirir um bom nível no japonês.
A partir dos estudos da língua, veio a vontade de aprofundar o conhecimento pelo país, como consumir produções culturais sul-coreanas exportadas para outras nações. Ele também considera que essas produções são um grande estímulo para a procura de um curso de coreano.
“O interesse parece contínuo e crescente, principalmente motivado pela onda coreana, a Hallyu”, aponta o professor. As produções do mercado cultural sul-coreano também podem ser usadas como aliadas na hora do aprendizado, mesclando com a educação linguística para ensinar uma palavra presente nelas.
Mas aprender coreano não é fácil, é um sistema de escrita diferente do que é utilizado pelos brasileiros. “Comparativamente, é uma língua muito distante, sendo considerada um idioma linguisticamente isolado, o que faz com que estudantes brasileiros, em média, demorem mais horas de estudo para alcançar um bom nível, quando comparamos com o aprendizado de línguas ocidentais ”, explica.
Para aqueles que desejam começar, ele indica que “mantenham contato com o idioma sempre que puderem". “Há bastante material disponível na internet, por isso comece pelo que mais lhe chamar a atenção”, aconselha.
Ele também destaca que é necessário priorizar o aprendizado básico primeiro, “pois às vezes ver materiais muito difíceis no começo, pode ser desmotivante”. “Lembre-se que idiomas que utilizam sistemas de escritas diferentes são mais desafiadores, por isso não desanime”, finaliza Yãnsley, incentivando o que desejam começar os estudos do idioma coreano.
Matrícula: as inscrições são realizadas por meio de chamadas divulgadas no site da instituição (www.uece.br).