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Clássico de Natal, conheça os melhores panetones de Fortaleza
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Clássico de Natal, conheça os melhores panetones de Fortaleza

O famoso panetone surgiu na Itália, mas se tornou parte essencial da ceia natalina brasileira, com variedades de sabores
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FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 13.12.2023: Comes&Bebes Panetones, pão feito de forma artesanal na padaria Molino.













































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































 (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 13.12.2023: Comes&Bebes Panetones, pão feito de forma artesanal na padaria Molino.

Originado na Itália, o panetone é uma peça tradicional da mesa de Natal, sendo o toque final entre os alimentos que preenchem a ceia. Lendas tentam atribuir uma história bonita que especificasse quando, onde e como surgiu a receita do famoso pão, no entanto, não há uma origem concreta.

O que a linha histórica consegue rastrear, em uma época medieval italiana, são os “pães de festas”, que tinham adição de açúcar e uvas passas, e eram consumidos em datas celebrativas. Familiar, certo?

Essa receita foi sendo passada e no início do século 20, observou um aumento no consumo do panetone, adentrando o cardápio de todas as regiões do país. Angelo Motta, um padeiro da época em Milão, teve contribuição com isso ao reformular, por exemplo, o formato do pão, lhe dando a forma abobadada como é conhecida hoje.

E claro, a competitividade que tinha com Gioacchino Alemagna — outro padeiro que em 1925 adaptou a receita de Motta e também fez sucesso — marcou o ponto de partida para a produção industrial do pão, ambos com marcas que levavam seus sobrenomes. Elas se mantiveram e até hoje são responsáveis pela venda do produto.

A aterrissagem do panetone no Brasil foi graças aos imigrantes italianos que chegaram, trazendo o alimento tradicional que, em poucos anos, se tornou peça essencial da ceia natalina. Uma dos que vieram foi a família Bauducco.

Chegaram ao País após a Segunda Guerra Mundial, no começo da década de 50. Carlo Bauducco, fundou a empresa e Luigi, seu filho, foi responsável por ajudar na expansão de uma das, atualmente, principais marcas de panetone do Brasil.

Mas ela não é a única. Devido a popularização da receita, os brasileiros também estudaram e passaram a produzir o pão. A Sucré, que nasceu como uma confeitaria, é uma das marcas responsáveis pela produção industrializada do alimento no Ceará.

Outro meio de consumo do alimento é o artesanal. A Cheiro do Pão e a Molino são padarias em Fortaleza que seus chefs estudaram a receita italiana para produzirem panetones de sabores variados, mas respeitando com ingredientes que trazem a Itália para a ponta da língua do cearense.

Casa Bauducco traz edição limitada de panetone com receita do fundador Luigi Bauducco.
Casa Bauducco traz edição limitada de panetone com receita do fundador Luigi Bauducco.

Casa Bauducco

Luigi Bauducco era o único filho de Carlo Bauducco, fundador da Pandurata Alimentos, empresa a qual a marca Bauducco está relacionada. Eles, juntamente com a matriarca da família Margherita Constantino, vieram ao Brasil no início da década de 1950, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.

Da Itália, a família trouxe a massa madre, fermento natural e um dos principais ingredientes da receita que origina a preparação dos panetones da empresa.

A marca pode ter sido fundada pelo patriarca, mas foi Luigi o responsável por expandir e consolidar a fama. Quando faleceu em 2020, aos 88 anos, deixou o legado da Bauducco ser uma das maiores fabricantes de panetone do mundo nas mãos dos três filhos: Massimo, Silvana e Carlo Andrea.

Para homenagear este que foi, por anos, líder da casa, a Casa Bauducco disponibilizou em edição limitada o Panettone Ricetta Originale Luigi Bauducco. Ele é feito artesanalmente, utilizando ingredientes selecionados como farinha italiana, frutas cristalizadas e o fermento massa madre, fermento natural que é parte essencial da receita da marca.

O panetone vem em uma caixa especial com informações sobre a receita, como a fermentação natural do pão, e origem. Ele tem um peso de 1,5 kg, custando R$ 399,90. Em Fortaleza, ele pode ser encontrado nas lojas da Casa Bauducco localizadas nos shoppings RioMar Fortaleza e Iguatemi Bosque. Ele custa

Casa Bauducco

  • Onde: Av. Washington Soares, 85 - Edson Queiroz/ R. Des. Lauro Nogueira, 1500 - loja 1046 - Papicu
  • Informações: (85) 98890-1668

Molino

“Panetone o ano todo”, esse é o slogan da Molino. A produção do famoso pão não tem pausa na padaria, mas se intensifica no mês de dezembro. “Mantemos a produção o ano todo para quem realmente gosta desse produto”, explica Thales Romão, chef da casa.

Durante as fornadas ao longo dos 12 meses do calendário, combinações de sabores são testados e degustados, buscando aqueles que mais agradam o paladar do público. É assim foram escolhidos os que estão presentes no catálogo: pistache com chocolate branco e limão, chocolate duo (branco e ao leite) e chocolate com laranja.

São dois tamanhos, o mini panetone de 90 gramas, custando R$ 18, e o clássico de 550 gramas, no valor de R$100. Eles estão disponíveis para pronta entrega, mas também podem ser encomendados até o dia 20.

“Falamos em encomendas para não existir o risco de chegarem e não ter o sabor ou a quantidade que deseja”, esclarece.

E para aqueles que acham que o clássico com frutas cristalizadas não pode faltar, a padaria estará disponibilizando ele em breve no cardápio também para encomendas e pronta entrega.

Para o consumo, Thales indica buscar outras maneiras, como o “panetone na chapa”. “Fazer fatias dele douradas na manteiga e acompanhar com frutas, mel e geleia. Faz muito bem”, detalha o processo que pode ser feito. Ele também aconselha aquecer o pão no forno caso o desejo seja resgatar a umidade dele.

Molino Padaria Artesanal

  • Onde: rua Torres Camâra, 314, loja 2 - Aldeota, Fortaleza/ av. Eusébio de Queiroz, 1890, loja 100 - Tamatanduba, Eusébio 
  • Encomendas/Informações: (85) 98217.1522 [Fortaleza] e (85) 99445.8228 [Eusébio]
  • Instagram: @molinopadariaartesanal
Sucré retorna com Sucretone no Natal.
Sucré retorna com Sucretone no Natal.

Sucré

Quando a Sucré iniciou suas atividades, foi como uma confeitaria/cafeteria. A alta demanda, no entanto, levou ao processo de industrialização de seus produtos, ocasionando o fechamento da loja em julho de 2022. Agora, são vendidos em um quiosque localizado no shopping Iguatemi Bosque, em Fortaleza, e no aplicativo.

Para o Natal, a marca trouxe um panetone já conhecido de seus clientes: o “Sucretone de Sucroc”. A massa do pão, feita com fermentação natural, acompanha um recheio de Nutella(creme de avelã), com pedaços de Sucroc, biscoito da marca, dentro e por fora, e uma camada de chocolate cobrindo por fora.

“A ideia que temos dele é para ser ‘matada’ a saudade da Sucré confeitaria, para quem conhecia”, explica Matheus Queiroz, analista da marca, acrescentando que os produtos foram feitos em edição limitada, ou seja, vendidos enquanto durar o estoque.

Por ser produzido com fermentação natural, seu tempo de duração é de 1 mês, devendo ser mantido fora da geladeira para manter a maciez do pão.

O panetone é vendido em dois tamanhos: o de 200 gramas, que custa R$49,90, e o de 800 gramas, que custa R$ R$129,90. Ele pode ser comprado pelo site de delivery, aplicativo da Sucré ou no quiosque presencialmente.

Sucré

  • Onde: av. Washington Soares, 85 - Edson Queiroz
  • Pedidos/Informações: (85) 99997.8713
  • Instagram: @sucrebrasil

Cheiro do pão

Uma copa para eleger o melhor panetone do mundo? Sim, existe e o representante brasileiro de 2022 foi Brunno Malheiros, chef responsável pela Cheiro Pão. Ele ganhou a etapa nacional na categoria panetone clássico, sendo eleito o melhor do Brasil.

Viajou para a Itália, levando o País para a competição e ficando entre os dez melhores. O objetivo para a deste ano, já que ganhou mais uma vez a etapa nacional, é alcançar o top 3 em solo italiano. “Foi uma experiência incrível, de muito aprendizado e aprofundamento técnico”, celebrou.

A experiência, como destaca Brunno, também contribui no aprimoramento das técnicas de panificação da Cheiro do Pão. Entre os 3 dias de preparação, um ou dois são dedicados para preparação do fermento natural lievito madre. Em seguida, a massa é batida com os outros ingredientes duas vezes, com um intervalo de 12 a 16 horas entre elas e cada um com quantidade e tipos diferentes de insumos.

Esse processo cuidadoso rende aos interessados três sabores de panetone: o premiado, com as clássicas frutas cristalizadas, importadas para garantir uma maior qualidade, passas ao rum, fava de baunilha para saborizar a massa; o de pistache com gotas de chocolate branco, e o chocolate com massa de cacau e um recheio de que mistura gotas de chocolate ao leite, meio amargo e branco.

Todos são vendidos em um tamanho único de 550 gramas, custando R$ 135. Semanalmente, a padaria produz uma fornada de panetones para pronta entrega, que podem ser reservados pelos clientes que não querem correr o risco de ficar sem.

Cheiro do pão

  • Encomendas e informações: (85) 99921.3333
  • Instagram: @cheirodopao

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