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Rico Dalasam celebra álbum com show em Fortaleza neste sábado, 27
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Rico Dalasam celebra álbum com show em Fortaleza neste sábado, 27

Rapper paulista Rico Dalasam faz show gratuito no Anfiteatro Dragão do Mar neste sábado, 27
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Rico Dalasam faz show em Fortaleza no Anfiteatro Dragão do Mar (Foto: Carol Curti/Divulgação)
Foto: Carol Curti/Divulgação Rico Dalasam faz show em Fortaleza no Anfiteatro Dragão do Mar

“A gente centraliza o ‘Escuro Brilhante’ na sentença que diz que ‘minha noção mais recente de amor sou eu me levando no braço’. Agora eu tenho 34 anos e eu consigo olhar para os eventos da minha vida e tê-los como responsabilidade minha. É uma altura da vida que não tenho como culpabilizar nem as circunstâncias nem alguém. Sou eu resolvendo, lidando, deixando para trás ou carregando comigo. É impressionante como isso te dá uma sensação de autonomia. É um exercício de autonomia”.

Ao falar sobre seu novo álbum, o rapper paulista Rico Dalasam reflete sobre sua trajetória. Ao mesmo tempo, é capaz de avaliar o presente e, hoje, se sente feliz por “conseguir ensolarar” novamente suas canções após o teor dos últimos trabalhos lançados. O artista leva sua obra ao público de Fortaleza neste sábado, 27, a partir das 19h30min.

A apresentação será realizada no Anfiteatro Dragão do Mar. A noite também contará com show do MC e compositor cearense Nego Gallo, que celebrará seu álbum “Veterano” para reviver momentos emblemáticos da carreira. O artista também mostrará ao público uma prévia de “YOPO”, seu futuro lançamento.

Em seguida, entra em cena Rico Dasalam. No show, o músico destacará o álbum “Escuro Brilhante, Último Dia no Orfanato Tia Guga”, que encerra a trilogia iniciada por “Dolores Dala Guardião do Alívio (DDGA)”, de 2021, e “Fim das Tentativas”, de 2022. O disco reúne 14 faixas em torno de mensagens de celebração de vida e amor. O projeto convida os ouvintes a refletirem sobre suas histórias e próprios brilhos.

Ao olhar sobre a construção da trilogia, o rapper afirma que “conseguiu fazer um movimento de retorno” ao momento em que escreveu “músicas alegres”, como aconteceu em “Balanga Raba” (2017). Agora, Dalasam se sente feliz por todo o trajeto e sente que está mais forte atualmente.

“Essa volta é bastante significativa quando penso nas curvas que precisei fazer até um pouco outra a minha vontade nesse ramo de trabalho. Eu não fazia ideia que estaríamos aqui, agora, fazendo músicas felizes novamente e que teria esse desejo de se organizar para fazer músicas nesse estilo, porque você vem de coisas tristes, com motivos para isso. De repente, você se move para esse lugar. É um corpo que muda várias vezes”, analisa.

Como ele define, então, a trilogia? “Viver o ‘DDGA’, o ‘Fim das Tentativas’ e agora o ‘Escuro Brilhante’ talvez tenha sido o maior exercício de elaboração que consegui fazer da minha vida até agora. Esse exercício que a música me ajudou a fazer se cruza ao mesmo tempo com uma carreira profissional, que se cruza com outras coisas, e é um exercício de autocompreensão que só poderia ser feito com uma análise, ou com ajuda de profissionais”, caracteriza.

Os trabalhos, então, se agregam diante de suas análises sobre temas como amor próprio, afetividade e desilusões. Pioneiro do movimento conhecido como “queer rap”, com destaque para artistas LGBTQIA+ no hip hop, o cantor e compositor retornou aos holofotes na cena com a música “Braille”, que foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e pelo canal Multishow em 2020.

Para Dalasam, o show de sua nova turnê “oferece o lugar de reflexão” ao mesmo tempo que promove “festa” e celebração - a ideia é “lembrar do próprio brilho”. Assim, transmite o teor mais alegre de “Escuro Brilhante”. No palco, projeções e fotos transportam o público a momentos passados de sua trajetória, mas a apresentação também funciona como uma lupa para o presente e para o futuro.

“As pessoas têm um estigma sobre as pessoas tristes, de que elas não celebram ou festejam. Todos têm capacidade de celebrar ao seu modo. Eu estou fazendo festa outra vez e não estou escondendo o lado triste que existe em algum ponto ou outro”, afirma. Nesse momento, ele deseja continuar tocando o disco e “animar”.

“Parece que estou experimentando outra vez esse corpo que celebra e que também mostra a sua capacidade de se comunicar com grandes proporções de pessoas, com festas populares, através dos seus poemas. O ‘Eu, poeta’ vai experimentar de novo. Estou animado”, garante. Por fim, destaca seu carinho por Fortaleza e que vai encontrar amigos que “a vida lhe deu” neste sábado, 27. “A gente vai ser muito feliz no show”, anuncia.

Férias no Dragão - Rico Dalasam e Nego Gallo

  • Quando: sábado, 27, às 19h30min
  • Onde: Anfiteatro Dragão do Mar, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema)
  • Gratuito
  • Classificação: 16 anos

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