Bastou apenas uma nota na guitarra para os fãs que aguardavam ansiosamente a entrada do Lagum serem inflamados em meio à ansiedade da espera. Curiosamente, era apenas um teste de som. No fim, porém, a reação ao som confirmou o que se imaginava: em Fortaleza, a voz da plateia se confundiria com a do palco tamanha era a sintonia da relação entre músicos e público.
No último sábado, 27, o Complexo Armazém recebeu a banda mineira Lagum para show da turnê “Lagum Ao Vivo”, que mistura sucessos do grupo e também destaca o álbum “Depois do Fim”, lançado em 2023. O grupo retornou a Fortaleza pouco mais de cinco meses após apresentação no Festival Zepelim. Desta vez, porém, com mais tempo de show e repertório maior.
Logo em “Habite-se”, música de abertura, o vocalista Pedro Calais se viu diante de um coral ao entoar os primeiros versos da canção. Quanto mais o tempo passava, mais o público entrava na atmosfera energética criada pela banda - algo comprovado quando os demais integrantes, Zani Furtado (guitarra), Jorge Borges (guitarra) e Francisco Jardim (baixo), também “tiraram os pés do chão”.
O show, que serviu também como uma celebração à carreira de dez anos do Lagum, foi marcado, então, pelas trocas entre artistas e o público. No palco, Pedro comandava o recital energético e se empolgava com o calor emanado pelos fãs - e não apenas pelo ambiente. Entre “juras de amor” à Cidade e convite ao abraço coletivo, os músicos comemoravam a volta a Fortaleza.
Mesmo para quem não conhecia todo o repertório da banda, o show foi capaz de elevar os ânimos de quem estava presente. Sucessos como “Oi”, “Deixa” e “Bem Melhor” foram ingredientes a mais para um caldeirão de energia que se manteve borbulhando do início ao fim, deixando gosto de satisfação e, ao mesmo tempo, clamor por um retorno em breve do Lagum.
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