Na próxima terça-feira, 12, a partir das 19 horas, o Museu de Arte da Universidade do Amazonas (Unama), em Belém (PA), receberá a exposição “Degenerado Tibira: O desbatismo”.
A exposição tem como disparador curatorial, para as obras selecionadas, a personagem brasileira: “Tibira do Maranhão”. Tibira foi um indígena pertencente ao povo Tupinambá, que no século XVII foi assassinado de forma brutal, no estado do Maranhão.
A execução do personagem aconteceu com a justificativa de “purificar a terra de todas as maldades”. Tibira foi batizado forçadamente e depois assassinado por uma bala de canhão.
Luiz Mott, escritor, antropólogo e historiador, foi o responsável por divulgar e popularizar a história de Tibira, em 1993. A história, então, ganhou repercussão por, segundo Mott, se tratar do primeiro caso, de condenação à morte e execução devido à homotransfobia, documentado no Brasil.
A partir deste contexto histórico, os curadores Eduardo Bruno e Waldiro Castro idealizaram a exposição como um exercício para romper com o silenciamento, físico, simbólico e histórico, de casos de violência como o de Tibira, que é direcionado à comunidade LGBTQIAPN+ até os dias de hoje.
Como parte das atividades de abertura, o UNAMA também receberá o pocket show de Leona Vingativa (@leonaoficial). A exposição segue até o dia 26/05 com mais de 30 obras de diversos artistas do Norte-Nordeste do Brasil, Chile e Bolívia.
O projeto é uma realização da Plataforma Imaginários, com fomento cultural da Secretaria de Cultura do Estado do Pará. Apoio: Artes Visuais UNAMA, PPGCLC, Museu de Arte UNAMA, HUBCultural Porto Dragão. Parceria: Coleção Amazoniana, MAD.RE, Meu Garoto e Multi Análises