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Orquestra apresenta concertos com músicas de Legião Urbana e Os Saltimbancos
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Orquestra apresenta concertos com músicas de Legião Urbana e Os Saltimbancos

Neste fim de semana, a Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) apresenta concertos em homenagem à Legião Urbana e tributo aos Saltimbancos
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Orquestra Petrobrás Sinfônica realiza concertos em homenagem à Legião Urbana e aos Saltimbancos em Fortaleza neste fim de semana (Foto: Felipe Giubilei/Divulgação)
Foto: Felipe Giubilei/Divulgação Orquestra Petrobrás Sinfônica realiza concertos em homenagem à Legião Urbana e aos Saltimbancos em Fortaleza neste fim de semana

Para democratizar a música clássica e atrair públicos diversos, a Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) chega a Fortaleza neste fim de semana para apresentar dois espetáculos - um em homenagem à Legião Urbana e outro em tributo aos Saltimbancos. Os concertos ocorrem nesta quinta-feira, 2, e nesta sexta-feira, 3, no Teatro RioMar Fortaleza.

A passagem da OPES pela capital cearense começa com o concerto “Legião Sinfônico” nesta quinta-feira. Os ingressos estão esgotados. O repertório revisita clássicos como “Tempo Perdido”, “Será”, “Eduardo e Mônica”, “Faroeste Caboclo”, “Ainda é Cedo” e “Que País É Este?” com arranjos inéditos.

Na sexta-feira, 3, a Orquestra apresenta o espetáculo “Os Saltimbancos Sinfônico”, com músicas como “A História de Uma Gata”, “Bicharia”, “O Jumento” e “Um Dia de Cão”. O disco foi lançado em 1977 como adaptação da obra literária “Os Músicos de Bremen”. O álbum reuniu nomes importantes da música brasileira, como Chico Buarque, Nara Leão, Miúcha e Vinicius de Moraes.

A ideia de promover os dois concertos segue uma vertente de alguns anos da Orquestra Petrobras Sinfônica em homenagear artistas de grande destaque. O início ocorreu com a apresentação "Ventura Sinfônico - Los Hermanos", na qual foram interpretadas canções do álbum "Ventura".

"Conseguimos um público que era muito fã da banda. Depois, fizemos imersões em várias outras bandas, como Guns N' Roses, Queen, Metallica, Coldplay e Pink Floyd. Estava na hora de voltarmos à nossa brasilidade. Tem muita coisa boa na música brasileira", explica o maestro Felipe Prazeres.

Segundo Prazeres, no espetáculo os espectadores “costumam sair com a alma lavada”, pois, apesar de se esperar que em um concerto seja necessário estar em silêncio e introspectivo, nesse “showcerto” o público tem “a necessidade de se expressar”. Por não haver cantor na apresentação, forma-se um “coro” com os principais sucessos da Legião Urbana.

Orquestra como organismo musical

No “Legião Sinfônico”, o show é construído pelos instrumentos - o que, na visão de Felipe Prazeres, é também uma forma de “apresentar a orquestra sinfônica como um organismo musical” repleto de diversidade. Assim, instiga a plateia a ter curiosidade de conhecer mais sobre uma orquestra sinfônica.

“A orquestra é capaz de tudo. Ela não está presa necessariamente a um estilo de música. É claro que convidamos as pessoas, porque quanto mais ouvintes de música clássica, melhor”, opina.

Assim, por que não atingir também um público infantil? É nesse aspecto que surge o concerto “Os Saltimbancos Sinfônico”, programação voltada tanto aos pais quanto às crianças. “Claro que podemos tocar grandes clássicos para as crianças, mas por que não tocar também títulos que os pais mostram aos filhos hoje? ‘Os Saltimbancos’ é um clássico antigo, vai estar sempre na moda. É uma história muito engraçada, atual, que fala sobre luta de classes, mas dentro de uma ludicidade”, destaca.

No espetáculo, a orquestra contracena com dois atores e com o próprio Felipe Prazeres, que faz a mediação. Como analisa, é um concerto para as crianças, mas no qual os pais também se divertem. A partir desse trabalho, o público infantil pode ter a curiosidade de descobrir mais informações sobre o funcionamento de uma orquestra sinfônica.

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Mas, afinal, como Felipe Prazeres encara o espaço para a música clássica atualmente? Na avaliação do maestro, ela “sempre teve um espaço restrito”, mas hoje enfrenta um desafio maior devido à “velocidade das redes sociais”, com algoritmos e plataformas digitais de música levando a um consumo mais rápido das canções.

Ainda assim, a Orquestra Petrobras Sinfônica “nunca deixou de fazer” espetáculos com músicas clássicas, por entender que é necessário valorizar “esse patrimônio artístico”. Isso não impede, claro, de levar ao público outras maneiras de conhecer o trabalho de uma orquestra sinfônica.

“Nós tocamos músicas de concerto o tempo todo. Tocamos os grandes clássicos. Não dá para deixá-los de fora. Não é à toa que perduram até hoje, 300 anos depois de compostos, mas é sempre difícil lutar contra o que está acontecendo atualmente. Mesmo assim, estamos na luta, sem desistir, porque amamos muito o que fazemos”, enfatiza.

Orquestra Petrobras Sinfônica

Quando: "Legião Sinfônico", quinta-feira, 2, às 20 horas; "Saltimbancos Sinfônico", sexta-feira, 3, às 19 horas

Onde: Teatro RioMar Fortaleza (rua Des. Lauro Nogueira, 1500 - Papicu)

Quanto: a partir de R$ 25; vendas no site Uhuu e na bilheteria

Mais infos: @teatroriomarfortaleza

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