Desde 2016, a franquia "Terrifier" tem testado o estômago dos espectadores com suas cenas brutais e sanguinolentas. Para o terceiro longa, que acaba de entrar em cartaz no Brasil, o diretor e roteirista Damien Leone propõe um repeteco do que foi mostrado nos dois capítulos anteriores, usando seu carismático palhaço Art (David Howard Thornton) para distrair da trama enfadonha protagonizada por Sienna (Lauren LaVera).
Não é que falte criatividade em "Terrifier 3". Assim como nos dois primeiros longas, as inúmeras mortes mostradas em tela são um atestado da sádica, porém rica, imaginação de Leone. A questão é que o longa nunca chega a chocar tanto quanto seus predecessores, não importa o quão violento Art seja com suas vítimas.
Como já se viu nos últimos dois filmes, Art é o único atrativo real de "Terrifier 3". Carismático, o vilão arranca risadas com suas mímicas e sua aparente infantilidade, e mesmo seus momentos mais violentos vêm carregados de uma comicidade que remete aos filmes de Charles Chaplin ou Buster Keaton. Empunhando sua já emblemática buzininha, o palhaço domina cada segundo em que está em tela, mas sua ausência é sentida e faz com que cada minuto sem ele se arraste entre os diálogos melancólicos de Sienna e sua família.
Mais do mesmo, o filme certamente agradará a quem já gostou dos capítulos anteriores, mas dificilmente conquistará um público novo. Não que isso importe muito. Afinal, "Terrifier 3" tem dominado as bilheterias norte-americanas, mostrando que, mesmo já batida, a receita sangrenta de Leone ainda é o bastante para levar entusiastas e curiosos às salas de cinema. (Agência Estado)
Terrifier 3
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