O Centro Cultural Belchior (CCBel) está em festa. Neste domingo, 18, o equipamento completa oito anos de sua fundação e comemora com atividades culturais diversificadas no sábado, 17, integrando a programação geral de festa do centenário da Praia de Iracema.
A história do CCBel se conta a partir da calçada, onde acontece a maioria dos eventos e shows do equipamento, como uma "porta de entrada" ou mesmo como uma casa de praia, conforme define Fernanda Matias, diretora do local.
"É uma 'casa de praia' tanto pela localização, em frente ao mar, quanto pela arquitetura, com auditório, salas multiúso e uma calçadinha para shows. Desde a reabertura, temos feito uma programação musical plural, passando por diversos estilos: começamos com um show em homenagem ao Belchior, mas já tivemos dias dedicados ao brega funk, forró, samba, rock e rap", esclarece Fernanda.
Ainda sobre o nascimento do CCBel, ela explica que o equipamento recebe o nome do artista cearense que morreu dias antes da inauguração do espaço, como um ato de homenagem. A diretora destaca: "Belchior é um símbolo da música e da poesia brasileira. Fortaleza tem muitos artistas talentosos produzindo cultura de alto nível. O CCBel é um espaço essencial para difundir essa produção — com música, dança, artes visuais, literatura e muito mais".
A programação que acontece neste sábado, 17, contempla as linguagens dança, música, moda e gastronomia, além de feirinhas de artesanato, que acontecem dentro e fora do equipamento. Essa diversidade que se apresenta no final de semana é um espelho natural do que é projetado na história do equipamento e está "conectada ao momento em que estamos vivendo".
E, sendo a música uma ferramenta para contar histórias, é verdade dizer que o Centro Cultural Belchior possui capítulos marcantes. Os oito anos do equipamento passam por eventos recentes como o bloco de Carnaval "Esse Ano Eu Não Morro", projetos como o "Quartinho" (brega funk) e shows de cearenses com projeção nacional, como Mateus Fazeno Rock, Mumutante, Luiza Nobel, Agê e Di Ferreira.
"Acho que, acima de tudo, o CCBel é um lugar de encontro. Ele reúne diferentes linguagens artísticas, promove trocas, fortalece a identidade local e aproxima as pessoas da cultura. É um espaço vivo, que pulsa com a Praia (de Iracema) e ajuda a manter essa efervescência que é tão característica de lá", acrescenta Cristiellen Rodrigues, coordenadora de Articulação Territorial do Instituto Cultural Iracema, sobre o legado do equipamento.
Para Cristiellen, a "casa de praia da música" representa mais do que uma ocupação cultural, por ser um "espaço de encontro aberto" para quem já acompanha a programação e para quem cruza o equipamento por caso. "Muita gente passa pelo calçadão e se depara com uma roda de samba, um forró de favela, uma discotecagem e fica", diz. "Comemorar os oito anos do CCBel é celebrar esse papel de acolhimento, de democratização da arte. Ainda mais agora, com a recente reabertura, o momento é muito simbólico", celebra a coordenadora.
Além da coincidência, segundo Cristiellen, celebrar os anos do equipamento junto ao aniversário do seu cenário mais amplo — a Praia de Iracema — é relembrar a todos os fortalezenses que o Centro Cultural Belchior é uma fortaleza da identidade local, um espaço vivo que "ajuda a manter essa efervescência que é tão característica da PI", como ela menciona.
Aniversário do Centro Cultural Belchior
Quando: sábado, 17
Onde: Centro Cultural Belchior
Onde: Largo dos Tremembés
Onde: Vila Morena
Onde: Rua dos Tabajaras
Onde: Largo do Mincharia
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