Logo O POVO+
Coral do Canto da Apá homenageia a lua em show no Cineteatro São Luiz
Vida & Arte

Coral do Canto da Apá homenageia a lua em show no Cineteatro São Luiz

Coral Canto da Apá apresenta espetáculo único neste domingo, 1º, levando ao palco do Cine São Luiz músicas que celebram a lua e o poder do canto coletivo
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
O espetáculo do Coral Canto da Apá será realizado no Cineteatro São Luiz (Foto: Larissa Lima/Divulgação)
Foto: Larissa Lima/Divulgação O espetáculo do Coral Canto da Apá será realizado no Cineteatro São Luiz

Desde “Lua e Estrela”, na voz de Caetano Veloso, até “Fly me to the Moon”, na voz grave de Sinatra, são diversas as canções que têm como foco o satélite natural lunar.

Inspirado por essas composições, o Canto da Apá realiza um espetáculo único neste domingo, 1º de junho, levando ao palco do Cineteatro São Luiz músicas que celebram a lua e o poder do canto coletivo.

Com regência musical de Aparecida Silvino, o show representa também o fim do processo formativo do Coral do Canto da Apá, que, sob a regência da artista, ensaia na Praia de Iracema todas as segundas-feiras e quintas-feiras.

Segundo a artista, o espaço nasceu da necessidade pessoal de transformar a paixão pela música em fonte de renda. Com a escassez de espaços que recebem artistas em Fortaleza, e percebendo que poderia atuar na parte da instrução, ela criou o seu “cantinho”, em 2019, inspirada no apelido que os amigos e familiares lhe dão.

Além da modalidade do coral, que reúne mais de 30 pessoas, a professora também oferece aulas individuais e coletivas. Para o coral da Apá, que sobe ao palco neste domingo, a forma de ingresso é simples. “Somos pessoas das mais variadas idades, estilos, profissões e estados civis. Alguém que me conhece me indica uma pessoa e vamos aceitando. Mas é necessário ou você conhecer alguém que já está lá, ou ser indicado por alguém que já passou. O resultado desse nosso trabalho, eu levo para o teatro todos os anos”, afirma Apá.

Nesta edição, Apá escolheu o astro lunar como tema por uma paixão antiga, que se destaca em especial na fase da lua cheia. “Eu sou apaixonada pela Lua, com seus mistérios e segredos, e descobri no processo que tem mais gente com essa mesma paixão. Na vida, a lua aparece em suas fases e isso tem tudo a ver, pois dessa vez estou usando um novo formato de exposição dos solistas e dando mais espaço para o coral em cena”, conta Apá, que também é regente do coral dos fazendários da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (Sefaz-CE).

Com infinitas canções falando sobre o tema, o repertório do show passou pelo ouvido e crivo de Marcos Sampaio - crítico de música, jornalista e editor-adjunto de Cultura e Entretenimento do O POVO. Ele assina a produção e direção musical.

Ao imaginar a noite do show, o produtor conta quais os critérios utilizados para montar um repertório que costure as diversas simbologias que a lua possui na discografia brasileira e internacional. “A Apá me veio com essa ideia e já com algumas sugestões de músicas. Comecei a pensar em outras faixas que se encaixassem nesse público também, de pessoas que cantam porque gostam. Pois elas podem até ter um nível profissional, mas, em geral, estão ali por prazer. Então, me preocupei em buscar músicas populares, acessíveis e até alguns desafios, como músicas em inglês, no intuito de instigá-los também”, relata.

Na ocasião, o palco estará preenchido por mais de 40 músicos, divididos entre coralistas, solistas, músicos instrumentais, além de algumas faixas dedicadas a Aparecida. “O show terá um bom pedaço com o coral, pois a Apá tinha essa vontade de que eles ocupassem o palco. Haverá algumas músicas para os solistas, mas que também estarão acompanhados pelo coral como voz de apoio, resultando em um show em que ninguém canta só. Então, é algo bonito, aquele monte de gente reunida”, explica Marcos.

Nesse grupo de pessoas que preenche o palco, de fato, não existem critérios: de arquitetos a professores, de 20 anos a 60 anos, o Canto da Apá abriga todos aqueles que acreditam no poder do canto coletivo.

Entre elas, está Fernanda Maia, neurologista e professora que conta sobre os benefícios de manter o canto como hobby na vida adulta, apesar da rotina atarefada.

“O coral, apesar de ser uma atividade que ocupa espaço, é um horário em que, na verdade, cuido da minha saúde mental e física também. Sendo professora, o canto ajuda na projeção da voz. Então, acaba que tem um aspecto terapêutico para mim, do ponto de vista de qualidade de vida, de autocuidado”, pontua a médica.

Apesar de subir ao palco do Cineteatro São Luiz como solista, a docente, que é orientada por Aparecida há mais de três anos, conta sobre o poder que enxerga na coletividade do coral.

“O canto coral tem um aspecto muito bonito do ponto de vista de convivência social com o outro. Nele você aprende a escutar o outro para adaptar sua voz a um conjunto de vozes, e que só fica bonito quando todas as vozes harmonizam, se misturam e criam um novo som. Então, em uma sociedade tão acelerada, o coral, enquanto atividade lúdica, traz também ensinamentos de ouvir o outro e de construção coletiva”, ressalta Fernanda.

"Canto da Apá No Brilho da Lua Cheia"

  • Quando: domingo, 1º, às 18 horas
  • Onde: Cineteatro São Luiz (Rua Major Facundo, 500 - Centro)
  • Quanto: R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira)
  • Mais informações: @cantodaapa@cineteatrosaoluiz
O que você achou desse conteúdo?