Até este domingo, 17, é apresentado no Cineteatro São Luiz o espetáculo "Rita Lee, uma Autobiografia Musical" - com ingressos esgotados. A montagem é estrelada por Mel Lisboa, que interpreta a artista nos palcos há mais de 10 anos.
"A Rita era uma mulher de ação. Ela era coração e já quebrava paradigmas por ser quem era, por fazer o que fazia. Não precisava levantar uma bandeira, embora as letras dela sejam ousadíssimas. A forma que ela compunha era super ousada, de uma maneira irreverente e alegre", explica Mel sobre a percepção ao pesquisar para o papel.
A atriz destaca ainda o impacto que a obra de Rita Lee teve no cenário político da época: "Ela foi a compositora mais censurada da ditadura militar. A gente costuma pensar que foi alguém como Chico Buarque, mas ela quem foi mais censurada de todas. Ela incomodava muito a ditadura, foi até presa grávida". Reverenciar a cantora em cena é, como complementa a intérprete, "deixar evidente quem foi essa mulher e o que ela representou".