Uma nova produção audiovisual sobre um crime que chocou o Brasil será lançada em 12 de novembro pela Netflix. A plataforma de streaming anunciou na manhã desta sexta-feira, 17, o documentário “Caso Eloá - Refém ao Vivo”.
Com direção geral de Cris Ghattas e roteiro de Tainá Muhringer e Ricky Hiraoka, o filme apresenta trechos inéditos do diário da adolescente Eloá Pimentel, assassinada pelo ex-namorado em outubro de 2008.
Além disso, reúne relatos de seu irmão Douglas e de sua amiga Grazieli Oliveira, que falam publicamente sobre o crime pela primeira vez.
No documentário há também depoimentos de jornalistas e autoridades que acompanharam o caso.
Na produção, os relatos de profissionais envolvidos na cobertura do crime reconstituem momentos da tragédia que marcou o Brasil há 17 anos. O sequestro da jovem Eloá, de 15 anos, foi transmitido em tempo real por vários canais televisivos.
Foram 100 horas de negociações com a polícia, depoimentos de vizinhos, especulações sobre as motivações do sequestro e até entrevista com o próprio sequestrador. A cobertura do caso levanta debates até hoje sobre ética jornalística e os problemas na condução do contato com o criminoso.
Em outubro de 2008, Lindemberg Alves, na época com 22 anos, invadiu o apartamento de sua ex-namorada, Eloá Pimentel, de 15 anos, em Santo André, São Paulo, após a adolescente não aceitar reatar o namoro com ele.
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Eloá estava acompanhada de três amigos da escola. Dois deles foram liberados e restou a moradora da casa e sua amiga Nayara Rodrigues.
Após cinco dias de cárcere privado, policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) e da Tropa de Choque da Polícia Militar entraram na residência e lutaram com Lindemberg, que atirou em direção às reféns. Ambas foram atingidas.
Eloá foi levada inconsciente ao Centro Hospitalar de Santo André e morreu horas depois em decorrência dos tiros que levou. Nayara foi ferida com um tiro no rosto, mas sobreviveu.
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Lindemberg foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão. Em 6 de Junho de 2013, o Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu a pena para 39 anos e três meses de prisão.