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Wicked: entrevistas com Ariana Grande, Jon M. Chu e Jonathan Bailey
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Vida & Arte

Wicked: entrevistas com Ariana Grande, Jon M. Chu e Jonathan Bailey

Ariana Grande, Jon M. Chu e Jonathan Bailey conversaram com O POVO na semana de estreia de "Wicked: Parte 2", capítulo final do musical inspirado no espetáculo da Broadway e no clássico "O Mágico de Oz"
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Ariana Grande é a estrela de Wicked (Foto: UNIVERSAL PICTURES/DIVULGAÇÃO)
Foto: UNIVERSAL PICTURES/DIVULGAÇÃO Ariana Grande é a estrela de Wicked

Embora a Universal Pictures não tenha explicado por que escolheu o Brasil para ser o primeiro país a receber a estreia mundial de "Wicked: Parte 2", estava evidente que a razão era a demasiada atenção que o público brasileiro já demonstrava para os dois grandes universos que colidiram no cinema: o musical Wicked, originado na Broadway e que angariou milhares de fãs ao redor do mundo desde que estreou em 2003, e Ariana Grande, diva pop com alcance enorme no Brasil.

No início de novembro, O POVO teve a oportunidade de integrar um time de jornalistas da América Latina para participar do evento e ter a chance de conhecer Cynthia Erivo, atriz protagonista do musical que, caso vença o Oscar pelo papel, poderá se tornar EGOT (termo em inglês que nomeia artistas que venceram a quadra de grandes prêmios americanos: Emmy, Globo de Ouro, Oscar e Tony).

Na semana de estreia do filme, aguardado ansiosamente pelos fãs que passaram um ano esperando pela conclusão cinematográfica da história, a conversa se estendeu. Numa rara oportunidade de apenas três minutos, a reportagem conversou com Ariana Grande e Jonathan Bailey do elenco, e com Jon M. Chu, diretor das duas partes.

 

Wicked: Parte 2 é estrela do por Ariana Grande como Glinda e Cynthia Erivo como Elphaba
Wicked: Parte 2 é estrela do por Ariana Grande como Glinda e Cynthia Erivo como Elphaba

Ariana Grande

O POVO - Você é uma ótima cantora, mas eu não quero te perguntar sobre música. Glinda é seu maior papel no cinema até agora, então o que ela te ensinou sobre atuação?

Ariana Grande - Ela me ensinou tanto... Eu posso nunca chegar a, novamente, desempenhar um papel que tem tanto alcance. Há tanto que está sendo pedido a Glinda, em todos os momentos... Há comédia, há emoções realmente grandes, há uma grande comédia física de palhaço e também há uma dor muito silenciosa. Há cantoria de ópera, há dança... Essa personagem é um presente porque ela é um grande desafio. Eu sou tão grata, me sinto muito agraciada porque pareceu um exercício incrível ter que usar tantas ferramentas diferentes para o mesmo papel. Ela é definitivamente um sonho, como uma atriz, para interpretar.

O POVO - Você já tem muitos fãs de sua música, aqui no Brasil sua base de fã é enorme, e agora você está encarando outros fãs, os fãs da mitologia de "Wicked". Como você se sente sobre isso?

Ariana Grande - É realmente emocionante. Eu tive um relacionamento com meus fãs por talvez 15 anos... Meu Deus, 15 anos... E é uma coisa tão linda estar crescendo com eles e também estar conhecendo toda essa nova base de fãs. A sobreposição dos dois está lá, mas está além de qualquer coisa que eu já conheci antes. Eu sou muito grata pelos meus fãs que estiveram aqui o tempo todo para crescer comigo e para estar junto na caminhada. Porque minha carreira meio que está evoluindo e mudando de forma, e eles parecem estar tão animados para a viagem. E isso é algo que eu não tomo como certo. Eu sou muito
grata por eles.

 

Jonathan Bailey integra o elenco de Wicked 2
Jonathan Bailey integra o elenco de Wicked 2

Jonathan Bailey

O POVO - Jonathan, como alguém com uma carreira no teatro, o que você trouxe do palco para "Wicked"? E o que você precisou desaprender para o filme?

Jonathan Bailey - Uma pergunta muito boa. Bem, eu posso te dizer imediatamente que eu trouxe o amor pelo processo. Eu fiz minha primeira temporada no Royal Shakespeare Company em 1996, quando eu tinha sete anos, e é aquela coisa da repetição: você vai de novo, e de novo, e de novo. No filme há uma precisão e eu queria realmente incorporar Fiyero e ser descarado, mas também tinha que conter isso e estar sempre ciente de que tudo estivesse chegando à lente da câmera. No teatro é tão extraordinário ser capaz de recitar alguns dos melhores versos já escritos, e você apenas dá a volta em um círculo para ver as pessoas. Mas com o filme era diferente. É um personagem muito enxuto na página, Fiyero, então eu sabia que era tudo não-verbal. E eu acho que todos neste filme tiveram a oportunidade de levar o público com eles.

 

Jon M. Chu é diretor das duas partes de Wicked
Jon M. Chu é diretor das duas partes de Wicked

Jon M. Chu

O POVO - Nós sabemos que as duas partes foram feitas juntas, mas há algo sobre como o público e os críticos reagiram ao primeiro filme e que você mudou na segunda parte, mesmo que apenas na pós-produção?

Jon M. Chu - Editamos os dois ao mesmo tempo também. Então, 15 semanas depois de terminamos de filmar os dois [longas] ao mesmo tempo, eu precisava saber o plano mestre completo do que nós tínhamos, da história que íamos contar. Porque nunca foi um filme e sua sequência; sempre foi um filme só, a experiência cinematográfica de dois filmes... Acho que o que aconteceu no filme um, todo o terremoto cultural que aconteceu, nos deu liberdade no filme dois, nos deu confiança. No dia seguinte, é quando você percebe como a independência pode parecer rejeição. E o lar… a coisa que você está defendendo esse tempo todo e pode sentir… por quê? Por que eu ainda quero defender um lugar que nem me ama? Que me quer morto, na verdade? Essas perguntas são muito relevantes agora, e nos permitiram realmente entrar lá. Eu acho que se o filme um não funcionasse bem, o filme dois seria uma coisa totalmente diferente.

 

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