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Na véspera do Dia de São José, 16 açudes sangram no Ceará

Na véspera do Dia de São José, 16 açudes sangram no Ceará

São seis açudes a mais com 100% da capacidade, na comparação com 2022. O volume acumulado no Estado está em 32,7%, bem mais que os 23,6% do ano passado
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AÇUDE Germinal, em Palmácia, está sangrando (Foto: AURéLIO ALVES)
Foto: AURéLIO ALVES AÇUDE Germinal, em Palmácia, está sangrando

Na véspera do Dia de São José, padroeiro do Ceará cultuado pelo sertanejo esperançoso de chuvas, o Estado já soma 16 açudes sangrando em 2023. Dos 157 monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), outros 29 estão com volume acima dos 90%. O total acumulado entre todas as bacias hidrográficas chega a 32,7% da capacidade. Em janeiro, o volume era de 31,4%.

O dado foi atualizado neste sábado, 18, pelo Portal Hidrológico e é muito favorável em relação ao aporte hídrico do Estado, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando o volume em todo o Ceará estava em 23,6%.

Os açudes que entraram na lista mais recente dos que estão transbordando foram: São Pedro da Timbaúba (Miraíma), Valério (Altaneira) e São José I (Boa Viagem). A bacia Metropolitana é a que tem mais açudes (cinco) com 100%. Três são da Bacia do Salgado, três da Bacia do Litoral e há pelo menos um sangrando em outras cinco bacias (Curu, Coreaú, Acaraú, Banabuiú e Alto Jaguaribe) - o que evidencia a distribuição satisfatória de chuvas neste momento da estação chuvosa, que segue até maio.

O presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, disse, no entanto, que é necessário aguardar o fim da quadra chuvosa para traçar um diagnóstico definitivo sobre as reservas hídricas do Ceará. Segundo ele, as chuvas têm distribuição irregular tanto no território como no intervalo de tempo. E os registros de transbordo são nos menores reservatórios, o que deve ser levado em conta para o aporte total. 

 

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