O primeiro medicamento injetável capaz de previr a infecção pelo vírus HIV, causador da Aids, foi aprovada para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O aval foi publicado no Diário Oficial da União na última segunda-feira, 5.
Denominado cabotegravir, o remédio atua como uma profilaxia pré-exposição (PrEP), ou seja, reduz as chances de infecção pelo vírus mesmo em casos de contato direto. A patente do remédio é britânica, associada à farmacêutica britânica GSK.
O uso do medicamento foi autorizado em publicação no Diário Oficial da União (DOU) no começo desta semana, porém ainda não há uma data prevista para o início da comercialização em larga escala no Brasil, bem como perspectiva de incorporação do método no Sistema Único de Saúde (SUS).
Conhecida como a "PrEP injetável", o remédio representa a mais recente e revolução na busca por uma vacina e cura para a infecção pelo vírus HIV no mundo.
O tratamento busca "preparar" o organismo para enfrentar um contato com o vírus durante uma situação de exposição, seja em uma relação sexual ou não.
O método apresenta ação prolongada de prevenção, seja uma vantagem com relação aos demais métodos já existentes como a PrEP diária que envolve a ingestão de um comprimido todos os dias para garantir a prevenção.
A injeção apresenta necessidade de duas doses iniciais com quatro semanas de intervalo entre elas, seguidas de uma dose de reforço a cada oito semanas após as doses iniciais.