De onde virão os recursos para adaptar as escolas contra a Covid-19? A pergunta ainda não está elucidada para parte das cidades cearenses. Conforme Nilson Diniz, presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece), o retorno às aulas precisa ser prioridade e pactuado institucionalmente, para que seja organizado o manejo financeiro.
"Vamos ter de encontrar maneiras para balizar e encontrar soluções para essa questão. Não vou poder ter aula. Então vou economizar com energia, transporte escolar. Isso, em parte, pode reduzir o débito. Mas retornar as aulas é prioridade", comenta Diniz. Questionado sobre quantos municípios enfrentam dificuldade financeira, não respondeu.
Segundo ele, a expectativa é de que haja um pacto institucional entre governo do Estado, Aprece e a seccional cearense da União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime-CE) para alinhar sobre o retorno.
O calendário para retomada educacional no Ceará, por enquanto, está assim: as classes continuam remotas de fevereiro a abril; com início da vacinação, segue modelo híbrido, com aulas à distância e presencial, de maio a julho, e retoma ensino presencial a partir de julho. Conforme portaria do Conselho Estadual de Educação (CEE), aulas remotas estão permitidas até 31 de dezembro.
"É pouco provável que recursos sejam liberados em Brasília no início deste ano. O que a gente tem de fazer agora é trabalhar para criar uma prioridade para saber como e onde vamos economizar. Depois, ver quais intervenções serão necessárias. Mas é preciso entender que não vou reformar as minhas escolas. Vamos fazer intervenções pontuais", frisa Diniz.