A Compex Indústria e Comércio de Pesca e Exportação e a Companhia Docas do Ceará assinaram Termo Aditivo de Cessão de Uso Onerosa. Com isso, a empresa amplia os serviços de pesca em nova fábrica que agora contará com área total de 12,573 metros quadrados (m²). O valor contratual vigente por 20 anos chegará ao montante de 3.587.406,53
Após 18 meses de obras e previsão de entrar em operação no próximo mês de março, essa unidade já está sendo considerada uma das mais modernas unidades de processamento de pescados, com capacidade de processar e congelar até 50 toneladas por dia, armazenar 1.100.000 kg e produzir 100.000 kg de gelo por dia.
O investimento na área a ser feito pela Compex ao longo de 20 anos mais que dobrou, atingindo a casa dos R$ 36 milhões, com projeção de aporte de mais R$ 2 milhões. A expectativa é que mais de 300 empregos formais sejam gerados e outros 900 indiretos.
A empresa, que atua há mais de 27 anos no Ceará e conta com 85% de suas vendas no âmbito internacional, arrematou a retroárea do Cais do Porto por R$ 3,4 milhões para o desenvolvimento de suas atividades. Com isso, o Cais Pesqueiro do Porto de Fortaleza recebe investimentos voltados para a indústria pesqueira.
O contrato de concessão foi assinado entre o Ministério da Infraestrutura, por meio da Companhia Docas do Ceará (CDC) com a Compex Indústria e Comércio de Pesca e Exportação Ltda., empresa vencedora do pregão eletrônico aberto pela CDC em março de 2020.
O documento inclui as adequações da Portaria 51/2021, do Ministério da Infraestrutura, que regulamenta a exploração de áreas não operacionais do Porto de Fortaleza.
A expectativa é que a concessão da área gere impactos da ordem de 15% nas exportações de peixes e de lagostas realizadas pelo Ceará.
De acordo com o diretor da Compex, Paulo de Tarso, a ampliação será determinante para descarga de barcos pesqueiros, que poderão descarregar o pescado em uma área provida de Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA). "Isso vem gerar mais agilidade na descarga do pescado, mais segurança alimentar e menor custo de frete terrestre”.
E na lista dos primeiros produtos comercializados estão o peixe vermelho para exportação (Estados Unidos) e atum para a Gomes da Costa por meio do Porto de Fortaleza. Já a exportação de lagosta está prevista para iniciar entre os meses de maio e junho. A previsão é de um crescimento de 5% ao ano a partir da operação do terminal.
A diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, engenheira Mayhara Chaves, lembrou que a implantação de uma indústria de beneficiamento de pescados já estava prevista no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Fortaleza.
“Com apoio do Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, a companhia tem avançado nas cessões de áreas ociosas de maneira estratégica, sem falar na geração de novos postos de trabalho tão importante nesta retomada da economia”, pontuou.
Mayhara lembrou, ainda, que quando assumiu a CDC, em meados de 2019, o local onde hoje foi erguido o Terminal Pesqueiro do Porto de Fortaleza, era só mato e um prédio abandonado e que hoje está revitalizado, gerando emprego e em breve contribuirá com o incremento das exportações do porto.
A cerimônia de assinatura do aditivo, ontem, contou com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que destacou que a empresa acredita e aposta no Brasil e vai fazer a diferença. “Estamos aqui também para comemorar uma gestão pública que passou a ser mais ousada, criativa e está transformando uma área que era ociosa."
A solenidade também contou com a participação do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante; o 1° vice-Presidente da Fiec, Carlos Prados; Jorge Seif, secretário de Aquicultura e Pesca; o secretário de Portos, Diogo Piloni; Mayhara Monteiro, presidente da Docas do Ceará; além dos empresários da Compex, Paulo Gonçalves e Maria Jose Goncalves Marinho; os deputados Federais Dr. Jaziel, Vaidon Oliveira e Júnior Mano; o capitão de Mar e Guerra Valença; a presidente do Sindifrio, Elisa Bezerra; Paulo André Holanda, diretor do Senai-CE e superintendente do Sesi-CE; e Karina Frota, gerente do CIN e colunista do O POVO.