O cálculo renal, popularmente conhecido como “pedra nos rins”, é uma doença causada pelo acúmulo de cristais formados a partir de substâncias presentes na urina, que pode afetar homens e mulheres de diferentes idades.
Eles podem variar em tamanho e gravidade, e o tratamento depende da localização e do volume das pedras. Em alguns casos, o organismo consegue eliminá-las naturalmente; em outros, pode ser necessário o uso de medicamentos ou procedimentos minimamente invasivos.
Atualmente, existem diversas técnicas com esse foco, que proporcionam maior segurança, menor dor e recuperação mais rápida quando comparadas às cirurgias abertas tradicionais, segundo o médico urologista, Pedro Filgueira.
“Existe a ureterolitotripsia endoscópica, realizada por via uretral, sem incisões, utilizando endoscópios flexíveis ou rígidos para fragmentar e remover cálculos localizados no ureter, e a nefrolitotripsia percutânea, um pequeno orifício na pele para introdução de instrumentos e uma câmera, permitindo a fragmentação e retirada dos cálculos maiores ou localizados no interior do rim”, explica.
Além disso, a cirurgia laparoscópica ou robótica pode ser indicada para casos mais complexos, quando há necessidade de maior precisão cirúrgica ou anomalias anatômicas associadas. Essas técnicas possibilitam mínima manipulação tecidual e menor tempo de internação.
“Esses métodos representam um avanço no manejo moderno da litíase urinária, reduzindo complicações e favorecendo o retorno precoce às atividades habituais”, destaca o especialista.
Os primeiros sinais dos cálculos renais, segundo o urologista Pedro Filgueira, nem sempre são a dor intensa. Em muitos casos, o problema se manifesta de forma silenciosa e só é identificado quando já está em estágio avançado.
O alerta está na importância de observar sintomas sutis e buscar avaliação médica precoce. “O grande erro é achar que só existe problema quando há dor forte. Muitos pacientes ignoram sinais como ardência ao urinar, sangue na urina, aumento da frequência urinária ou desconforto lombar leve, que já indicam que algo não vai bem e merecem atenção”, explica Pedro Filgueira.
De acordo com ele, fatores como baixa ingestão de água, consumo excessivo de sal e proteínas, além de histórico familiar, aumentam o risco de formação de cálculos. “A prevenção é o melhor caminho. Manter uma boa hidratação e realizar check-ups regulares ajudam a detectar alterações ainda no início, antes que causem dor ou complicações”, aconselha.
Sobre a restrição de cálcio alimentar, ela não deve ser feita sem orientação médica. O cálcio proveniente da dieta, especialmente de laticínios, liga-se ao oxalato no intestino, reduzindo sua absorção e, consequentemente, o risco de formação de cálculos de oxalato de cálcio, o tipo mais comum.
“Cada paciente deve receber orientação nutricional individualizada, considerando o tipo de cálculo identificado em exames metabólicos e urinários, bem como eventuais comorbidades, como gota, obesidade ou doenças intestinais”, finaliza o urologista.