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"A comunicação é meu superpoder"
Vida & Arte

"A comunicação é meu superpoder"

| PARTICIPAÇÃO | Participante do projeto Correspondentes O POVO em 2017, Guilherme Almeida encontrou na comunicação meio para atuar na política e no bairro
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O escritor e jornalista colombiano Gabriel García Márquez sentenciou, certa feita, que "quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida — o jornalismo —, não pode imaginá-la". Em 2017, o então estudante secundarista Guilherme Almeida enamorou-se pelo som das palavras e entregou-se à escrita. Aluno da Escola Municipal Sebastião de Abreu, no Bom Jardim, Guilherme foi um dos 102 estudantes selecionados para a 6ª turma do projeto Correspondentes O POVO, realizado pelo programa
O POVO Educação. Entre oficinas de fanzine, gravação de programas de rádio e redação periódica de textos para o jornal impresso, o jovem correspondente encontrou na comunicação o comprometimento com a realidade.

"O Correspondentes O POVO foi um impacto muito grande na minha vida, tão grande a ponto de eu querer escrever toda semana para o jornal. Entre abril e novembro daquele ano, escrevi sobre diversos temas, como feminismo, mas política foi o que mais me mobilizou na escrita. A política está presente em todos os aspectos da nossa vida social; minha relação com a política se tornou muito forte", relembra Guilherme. Durante o projeto, Guilherme realizou até mesmo entrevistas em grupo ao ex-prefeito Roberto Claudio e ao governador Camilo Santana.

O vínculo de Guilherme com a Granja Lisboa também se fortaleceu quando o atual jovem aprendiz dedicou-se aos ofícios de reportar. "Se eu continuasse a escrever para um jornal hoje, gastaria um espaço muito maior em defesa da minha comunidade. É a gente que mora aqui, esta é a nossa vida — e a gente tem direito de falar do nosso lugar, seja de forma negativa ou positiva. Eu acho que esse é um direito que não nos dão, não nos convidam, então é muito importante nós escrevermos", sustenta. Hoje, aos 18 anos, Guilherme sonha em se tornar historiador.

"Participar da história do
O POVO ressignificou meu conceito de comunicação. A comunicação, para mim, deixou de ser uma competência — eu gosto de dizer que a comunicação é meu superpoder. Aprendi a trabalhar sob pressão, a trabalhar em equipe, a ouvir. Minha postura como pessoa e minha responsabilidade cresceram muito. Eu acho que a maior conquista do jornal é a credibilidade, a seriedade no que se faz. Hoje em dia, a sociedade vive uma carência muito de informações concretas. O trabalho que O POVO busca desenvolver há 93 anos é muito sério e acredito que esse compromisso com os leitores nunca vai mudar", conclui Guilherme. (Bruna Forte )

 

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