Muito além das dancinhas, o TikTok recebe todos os dias conteúdos dos mais diversos tipos e lugares do planeta. Com tamanha universalidade, no entanto, é expressivo o número de pessoas que se aproveita para tentar disseminar condutas criminosas. De olho nessa galera, a plataforma chinesa vem tentando barrar conteúdos que ferem o bom convívio de seus usuários, criando ferramentas para impedir a disseminação desses vídeos. Tanto é que removeu mais de 143 milhões de vídeos de assédio e de violência explícita somente no primeiro semestre de 2021.
Em relatório divulgado a cada trimestre, a rede social mostra também os países com maiores números de produções apagadas por desrespeitarem suas diretrizes ou Termos de Serviço. No top 5, aparecem Estados Unidos, Paquistão, Brasil, Rússia e Indonésia, somando sozinhos 65 milhões remoções nos seis primeiros meses deste ano. Bem mais do que no comparativo com 2020.
No ano passado, os países com mais remoções foram novamente Estados Unidos, Paquistão e Brasil, além da Índia e do Reino Unido. Só eles tiveram 62 milhões de exclusões. Em todo o primeiro semestre de 2020, foram 104 milhões vídeos deletados.
O progresso do TikTok na tentativa de manter uma comunidade livre de condutas execráveis também se reflete no trabalho proativo de sua equipe em identificar comportamentos de ódio, bullying e assédio, conforme detalha o head de Confiança e Segurança do TikTok, Cormac Keenan.
Do universo de vídeos deletados no período de 1º de abril a 30 de junho de 2021, 93% foram para a lixeira em período menor do que 24 horas após terem sido publicados. Sobre as exclusões, importante também: 94,1% foram removidos antes de algum usuário relatá-los e 87,5% foram removidos com zero visualizações – um avanço frente ao relatório passado (81,8%).
Mas afinal, o que explica o aumento do índice de remoções de vídeos no TikTok? De acordo com Cormac Keenan, esse progresso pode ser atribuído a um fator determinante:
“As melhorias contínuas em nossos sistemas, que sinalizam proativamente símbolos de ódio, palavras e outros sinais de abuso para análise posterior por nossas equipes de segurança.”
Confira abaixo, quadro com a terminologia e definições em que o TikTok se baseia para determinar quais conteúdos são apropriados para sua comunidade.
O Brasil aparece entre os países com mais remoções de conteúdos inapropriados publicados no TikTok. Nos relatórios publicados desde o primeiro semestre de 2020, os brasileiros estão sempre entre os cinco primeiros.
Nos dois primeiros trimestres de 2021, o País ficou atrás apenas de Estados Unidos e Paquistão na lista dos que mais produzem conteúdos desrespeitosos.
Ao somar os números apresentados nos seis primeiros meses deste ano, verifica-se aumento expressivo no número de exclusões. Entre janeiro e junho de 2021, foram 13.617.176 vídeos deletados por descumprirem as diretrizes da rede social.
Enquanto isso, no ano passado inteiro, o Brasil chegou a 13.032.382 de vídeos removidos por este mesmo motivo. Isto é, ocorreram mais remoções nos seis primeiros meses de 2021, do que durante todo o ano de 2020.
A idade mínima para um usuário do TikTok é de 13 anos, por isso ao longo deste ano mais de 18 milhões de contas foram apagadas. No trabalho de identificação de contas suspeitas, 7 milhões foram excluídas no primeiro trimestre de 2021, frente a 11 milhões registrados no segundo trimestre.
De acordo com a plataforma, foi criado “um limite de idade neutro e padrão da indústria”. Isto é, ela conta com a sinceridade do usuário no momento de preencher sua data de nascimento completa ao baixar o aplicativo.
Mas sabendo da falta de compromisso de vários, a rede social diz adotar uma série de abordagens adicionais, como palavras-chave e relatórios, para identificar e remover as contas de menores de 13 anos.
Quem também não é bem-vindo na rede social são os usuários que violam as Diretrizes da comunidade ou os Termos de Serviço. Para tanto, 26 milhões de contas foram removidas ao longo dos seis primeiros meses de 2021.